U2 eXPERIENCE + iNNOCENCE

Se antes do ocorrido aquele evento já seria grande... Depois dos acontecimentos do último mês é que ele tornou-se enorme.

Além de impedir o apocalipse, vocês entrarão para a história, pois fazem parte do público do primeiro show a ser realizado no estádio dos Knigths.

Foram vendidos cinquenta e dois mil ingressos, sendo que acabaram nas primeiras horas. Todos os setores esgotados.

Pietro dedicou-se a organizar local VIP as casas. Uma parte, que pegava dois terços da hotzone, estava destinado a Omegas e ZBZ's. Neste mesmo acesso, havia um elevador privativo que levava a um dos maiores camarotes do estádio, dando opção de assistir o show no conforto do camarote ou no calor da pista.

No outro um terço da hotzone, ficavam KTG's e TriPi, também com um acesso exclusivo a outro camarote, do lado oposto do estádio. Uma decisão de Pietro que poderia fazer alguns de seus irmãos de fraternidade ou ZBZ's torcerem o nariz.

Os outros camarotes e demais áreas do estádio eram destinados ao público em geral. Ou seja, se Nate estivesse entre nós, poderia assistir o show sem "misturar-se com a ralé".

Para os que conheciam Pietro saberiam que isso não era uma iniciativa exclusiva dele... Contudo o show ficava nos domínios de Duxhill e tradições deveriam ser seguidas, não é?

Salvo algumas exceções, o presidente da Omega não costumava desafiar o conselho, por isso, os "que comandam o mundo" tinham lugar e acesso VIP.

O show está agendado para começas as oito horas da noite. No momento são sete horas, e o estádio já está começando a encher.

Comida e bebida são servidas a vontade no camarote.

No sistema de som Veronica's Wish brandava em alto e bom som para aquecer os mais ansiosos, assim como homenageava um certo Omega.  

Foi um período estranho. Era complicado saber que tinha salvado o mundo e mesmo assim ter a sensação de que aquilo tudo parecia ter sido um sonho distante. Magia, mansão, bolha, labirinto... Se Theodore um dia fosse contar aquilo para uma pessoa, seria internado na hora seguinte. Ou iriam pedir para que ele compartilhasse as drogas que havia tomado.

Ainda não tinha retorno sobre Robin nem o filho que ela carregava. Ezio estava sumido. Calculava que o Italiano estava acampado na porta do quarto de hospital no qual Robin devia estar. Talvez até estivesse dividindo uma Cabana com Reed. Theo poderia apostar que a princesa não deixaria Robin um minuto sozinha no hospital.

Era o mais lógico. No fim, apesar dos pesares, esperava que tudo ficasse bem.

Theodore tentou seguir sua vida como se nada tivesse acontecido. Se dedicou às aulas, se dedicou ao seu trabalho na ONG. Ajudou Madeleine a montar uma sala de música no local, se fosse preciso doaria instrumentos e o que fosse necessário. Comparativamente falando ás pessoas de Duxhill, Theo usava muito pouco o dinheiro de sua família. Se sentiu no direito de abrir mão de alguns milhares de libras por uma boa causa. E claro, manteve seus encontros amorosos e secretos com a Ruiva que geria a Oxfam.  A relação dos dois crescia devagar e, pelo menos uma vez por semana, davam um jeito de fugir para longe de Duxhill onde podiam ficar a vontade sem correrem riscos de olhares indiscretos.  

Chegava finalmente o grande evento do semestre. Um show enrome que Pietro teve que organizar sozinho. E por isso, Theodore se sentia um pouco mal. Talvez conversasse com o Presidente para se desculpar e se colocar à disposição dele para as próximas vezes. Ele não deveria ter que cuidar de tanta coisa sozinha. Especialmente após tantos castigos físicos como os que tinha sofrido.

Theodore foi para o Show. Assim que adentrou o local foi rapidamente para o grande camarim reservado para os Ômegas e ZBZ’s. Esperava encontrar algo para beber e comer enquanto o show não começava e os amigos não apareciam. Pegou uma  taça de champanhe e se sentou em dos sofás enormes e opulentos que haviam no lugar. Trocou algumas palavras com outras pessoas que estavam ali pelo camarote. Tudo muito casual.

Estava começando a se acostumar novamente com uma vida “normal”, sem demônios, anticristos, bolhas e todas àquelas loucuras que cercaram eles por tanto tempo.

Só restava saber o quanto duraria aquela paz.

Aconteceu muita coisa depois que foram salvos ou se salvaram, ou venderam suas almas, ela nem sabia mais o que pensar de tudo isso. Madeleine saiu aliviada por muitas coisas da Mansão Astor, tinham conseguido impedir ou menos retardar o desastre total, houve aqueles que perderam muito, e aqueles que ganharam, se fossem colocar na ponta do lápis, tinham mais ganhado do que perdido coisas, afinal milhões estavam vivos, bilhões e aquilo ia ceifar todas aquelas vidas.

Venceram sim, a altos custos para eles, contudo, venceram. Ezio ainda deveria dever para Olhos Amarelos. Robin foi ferida, mas estava bem, Sabrine e Max iam se cuidar e ficar juntos assim como Ezio deveria permanecer como um cão fiel cuidando da senhorita Astor que foi cuidada por Valentina, e esta mesma ia permanecer um bom tempo no HU ainda. Não saberia falar muito dos outros, ou mesmo das ZBZ’s envolvidas, já que acabou preferindo se isolar um pouco da maioria das colegas e colegas.

Havia abelhas para organizar na ONG, assim como novos voluntários e mais turmas. E ela tratava de coordenar as finanças que iam bem, assim como preparar a inauguração da piscina que foi reformada com o dinheiro doado por Robin. Bem, infelizmente não teria ela como professora, e estava procurando alguém para conduzir as aulas lá, daqui duas semanas. Theodore estava confiante com a sala de música, que foi projetada para o último andar do prédio, este estava vazio e seria dividido em duas grandes salas.

Uma para música e outra para desenho e pintura.

Estes últimos projetos seriam voltados a terapia na verdade, pois, a Arte cura. E isso não é brincadeira, tanto ela quanto Elizabeth foram em palestras e cursos apostando naquela crença, as crianças teriam acesso a aquele ramo agora. Assim como o consultório que Valentina pediu antes estava pronto também. Bastava ela ou mesmo Taylor e Lucas começarem a ir, Madeleine avisou eles uma semana atrás, uma semana antes de findar aquele mês corrido, depois do quase Apocalipse.

Theo e Madeleine eram vistos juntos sim, e muitas vezes na biblioteca, ela precisava estudar, e quando as abelhas não podiam ajuda-la com isso, ela pedia ajuda para ele, lembrando que a ruiva precisava se dedicar, afinal não queria ser uma médica ruim com um diploma comprado, mais algum tempo e ia pedir para estagiar no HU, isso ajudava com pontuação em algumas disciplinas assim como era muito bom para obter conhecimento, já que a prática acaba por ser uma boa aliada da teoria.

Madeleine conversava com as garotas na Fraternidade, ajudava no que podia, dava dicas, incentivava a irem na ONG, ou mesmo se candidatarem para o Jornal/Rádio de DUX, além de conseguir ver Ashley e as cheers duas vezes por semana, treinava com elas, não fazia parte das líderes de torcida, mas quer melhor exercício que este? Se Hope não voltasse a aquela atividade, ela gostaria de ver a Unicórnio comandando aquele grupo, eram realmente boas, e isso trazia boas lembranças a ela.

Não sentou para conversar com Reed. Não tinha assunto com ela por hora, trocaram algumas informações sobre a ONG, mas tudo superficial, a cabeça da colega deveria estar completamente em Robin, mesmo que acabasse por dar conta de mil coisas ao mesmo tempo, como Madeleine acreditava, e deveria estar fazendo isso, não atrapalharia a rotina da Princesa, que continuava a presidir a ZBZ.

Se lhe interessava algum cargo? Agora talvez sim, mas uma vice presidência, ela não almejada grandes coisas em um primeiro momento, escaladas assim devem ser feitas do começo, chega-se no topo mais segura. Não ia negar a si algo tão bom se a oportunidade surgisse, por isso mesmo acabou ajudando Pietro em alguns detalhes que eram pequenos, insignificantes na verdade, mas como a festa ia beneficiar a OXFAM, ajudou não apenas por obrigação, e sim por prazer, afinal é o U2, queridos.

Dá para notar o número de pessoas que ficaram embaixo daquela mega estrutura erguida por um guindaste gigante? Claro que dá, e ela certificou-se que além dele, fosse inserido um aparador por baixo, sustentado por um concreto. Mesmo que o cabo se rompesse, aquilo seguraria por tempo suficiente para que as pessoas se afastassem.

As saídas de emergência foram revistas, extintores também, e havia pedido aos seguranças que guinchassem qualquer veículo que ficasse próximo aos hidrantes. Mesmo que haja sinal de celular e internet em todo perímetro, afinal estão no centro de DUX, havia uma segunda alternativa, os velho e bons “walkie talks” com um alcanço considerável.

Entre outras medidas, não visíveis para a maioria.

Ela entrou no camarote, e estava linda, diga-se de passagem. A calmaria daqueles dias agitados e tão normais, lhe fez bem de verdade. Acabava por ver Theo, foi um dos primeiros a chegar do grupo, ela tinha um ponto na orelha, estava falando com alguém da equipe de segurança, já que se prestou a ajudar Pietro nos pormenores.

- Noite linda, e normal, não é? – Piscou para ele e deu um beijo na bochecha do rapaz, com aquele jeito de quem quer mais, mas evita. E se afasta, dando uma volta em torno do próprio corpo.

- Como estou? – Perguntou sorrindo, e colocando as mãos no quadril, fazendo pose, depois olhou em volta, e procurou Pietro ou mesmo Hope, ou Ashley. Max e Sabrine deveriam vir, mas mais tarde.

- Com licença... – Pediu um minuto para o Ômega e levou a mão direita no ouvido.

- O que tivermos no camarote dos Ômegas e ZBZ’s deve ser levado para a Tripi e KTG’s, sem distinção. É uma cortesia do Presidente da Casa Ômega.– Não poderia falar pelas ZBZ’s, porque por ela seria também, mas não era a Presidente e nem se meteria neste território perigoso. Havia a necessidade de ser racional neste ponto, a Diretoria não via com olhos a interação total entre as Casas opostas, a melhor tradução da situação era separar o trigo do joio. Mas, ambos tem suas utilidades.

- Vai beber ou prefere água pura e cristalina...? – Ela pegava então uma taça de champanhe de sorria de leve, deixava as bolinhas fazerem cocegas no nariz e então bebia, o sorriso era divertido ou provocativo, Theo, veja como bem entender. Ou quer beber algo mais tarde? Era isso que deveria ter perguntado, mas ficou calada e sem malicia na frase, cruzando os braços na altura do peito, este encoberto com um tecido lindo, e um decote razoável.

Destaque para parte da decoração do lugar. Estava fantástico, no sentido mais pleno da palavra, quem por acaso não gostasse do show e fosse lá apenas para beber e conversar com gente bonita poderia se distrair facilmente ali indo do bar até as telas que mostravam focos da platéia, e ouras filmagens. Havia muita coisa com que se distrair ali, e era difícil alguém ficar entediado. Isso a fazia lembrar de alguém em especial, que parecia gostar de se esgueirar pelos cantos. Christofer.

- Ah, oi Chris... - Ela também não é a melhor pessoa do Mundo para fazer social por aí, Chris, mas também não conseguia fingir emoções, portanto, seria sincera e gentil com você.

- Uma garota mandou te perguntar se você ainda gosta de vestidos vermelhos e botas? Meio que preciso informar ela sobre isso agora,sabe... - Ela está esperando sua resposta. Piscou, pareceu mais alegre, como uma criança querendo contar um segredo.

vestido - referência

"E nada aconteceu"

Você ja se sentiu preso em um mundo estático?

Faz um mês que tudo acabou e...Nada aconteceu.

Okay, não "nada nada". Vamos pular o anti-cristo fugindo da Robin.

(E como sei la, eu salvei o mundo? 2 a 1 agora?)

Sabe o QUANTO quero estar nessa festa? Zero.

Parece que até a vida social morreu naquele periodo. Apesar que ja tinha ouvido falar o bastante que "sempre que algo assim acontece, até mesmo Gossip costuma a respeitar". De forma entre treinos e visitas ao hospital, eu estava la.

Vai ver que acho que Pietro pode acabar precisando. Deu certo até agora.

Colaborando, DESTA VEZ. Para nosso faz de conta.

Viu Hope? Sem fantasmas. Sem fim do mundo. Fingindo. Fingindo.

Podia listar diversos nomes que lhe "puxariam" de volta para a realidade mas não vou.

"Tudo esta bem"

Então porque eu não SINTO que tudo esta bem?

- Theo. - Disse com um aceno quando este chegava. Estava ali parado no centro do local. Porque estava perto do presidente e a da primeira dama...Mas aquilo tambem não duraria muito.

Fazia uma expressão de quem havia "subestimado" o alcool no copo que virava antes de falar.

- Eu odeio essa banda, só para constar. - Eu ja mencionei isso antes alias, mas talvez só queira ser engraçado agora. - Me chame se precisar de um Vice-Presidente.

Vou dar um espaço para vocês. Não que eu precise, afinal Hope..Bem, deixa para la

Como tudo que eu digo, ficou confuso. Mas a outra opção seria "se o mundo for acabar".

Então essa não foi a pior. Eu acho.

Colocava a mão no ombro dele e iria até uma das "janelas" olhando para o palco.

Olhando para baixo.

Para tudo e para nada.


Falando nisso. TEM como não olhar para seu vestido Mad?

É, eu olhei. Não tem como. Mas ergo o copo, que agora só tem gelo para Theo.

Quase como se o parabenizando.

Então eu escuto a pergunta. Nossa Mad você não bate bem?

Sabe, por menos eu QUEBRARIA o copo na sua testa, diria para Pietro que tem algo errado e...

Mas não hoje. Porque hoje até eu QUERO ACREDITAR que tem algo normal acontecendo.

Então eu fico ali. Estatico. Como se não tivesse lhe ouvido. Mas você sabe que eu ouvi.

Meu cerebro processa algumas coisas. Minha mão nas minhas costas treme por alguns segundos.

Mas eu fecho, como se buscando um falso controle.

Christofer finalmente sorria, com uma cara que Megan o esmurraria se PENSASSE que ele estava fazendo para você ruiva:

- Eu...Sempre gostei de surpresas. - Dizia dando de ombros e olhando para os demais.

Apenas respire Chris, você não ia conseguir caminhar até a mesa para pegar outra bebida mesmo.

Olhava para os demais pensando se aquilo tudo não passava de uma brincadeira.

Ou...Se limitando a respirar.

Chris tinha razão. U2 é chato demais. Mas era um evento que não só era da universidade como envolvia as casas das quais eles faziam partes de fora organizado por Pietro, que depois de alguns ossos quebrados e salvar o mundo com o grupo, já podia ser considerado um amigo. Era preciso ir para prestigiar. E Theodore estava acostumado a fazer presenças sociais.

Durante toda sua vida foi preciso fazer isso. E não só aparecer como ser agradável. Era treinado para aquele momento.

Não tinha muito a perder. Beberia um pouco , comeria bem e talvez voltaria para seu quarto antes do final do jogo.

Ficou sentado no seu sofá vendo o movimento das pessoas. Chris entrava no camarote e Theo logo retornava o cumprimento do rapaz levantando a taça na direção dele e sorrindo de volta. Observando o rapaz de afastar de todos e se perder. Esperava que Maddie tivesse um plano muito bom.

Falando nela, não era possível não ver a Ruiva entrando no camarote. Madeleine era indubitavelmente linda, mas ela tinha escolhido aquele dia para exagerar nessa característica. Se ela estive olhando para Theodore ao entrar, veria o Ruivo um pouco perdido pelas curvas dela. Mas, isso já era frequente.

Trocou olhares com Chris, arqueou as sobrancelhas e encolheu os ombros como quem pergunta “Do que você esta falando?” mas não mostrou muita convicção no movimento.

Recebeu o beijo que a Ruiva deixou no rosto dele. Retribuiu com um sorriso e um olhar cuidadoso, invasivo e nada discreto de cima à baixo na mulher.

- Tudo tranquilo... A noite acaba de ficar bem melhor...

Riu um pouco e piscou um dos olhos para ela.

- Você tá linda, como sempre... – Levou a taça até a boca enquanto falava algo, tentando abafar o máximo para evitar ouvidos curiosos – Vamos ter que conversar sobre esse vestido depois...

Observou a Ruiva mais um pouco quando ela pegou uma taça de champanhe e fazia suas perguntas maliciosas. Theo ria um pouco e tomava mais um gole da sua taça.

- Recentemente eu desenvolvi um gosto por champanhe. Me remete a bons momentos... Mais tarde eu te conto a história.

Sorriu malicioso. Entenda o que quiser, Madeleine.

- Eu fiz tudo o que você pediu. Espero que seu plano dê certo...

Voltava, do jeito que tinha de ser.

Saiu do carro cor de cereja, presente da irmã mais velha, já que a mesma considerava o antigo modelo usado por ela como antiquado e nada feminino. Estava contente com a velocidade e desempenho do mesmo, sempre dava um aperto de leve ao lembrar da morena baixinha, “quatro olhos” da Família.

Parou por alguns segundos, porque precisou ver por uma última vez seu reflexo em uma janela grande, num dos corredores. Tinha que estar bonita, e sinceramente? Está linda. Um bom observador poderia ver uma cicatriz ou outra perto do pescoço debaixo dos fios loiros que caiam separadamente em mechas pequenas. Fez um coque bagunçado, para combinar com o estilo adotado naquela noite especial, afinal ela voltou para a Luz.

Trágico falar assim, não é mesmo? Mas, era verdade, já que passou um bom tempo sob os cuidados de Lucas e Taylor, Valentina tratou de restringir os dois para cuidar dela, nenhum outro médico poderia entrar no quarto dela, salvo alguns enfermeiros e enfermeiras.  A doutora tinha um jeito estranho de gostar das pessoas, e se não gostava dela, ao menos fazia seu serviço de modo exemplar. Deve ser por isso que cativava a loira de um jeito peculiar.

Não é preciso dizer que estava nervosa, já que veria eles pela primeira vez em alguns meses, contudo, estava mais nervosa por ele. Será que ia brigar com ela, ficou sabendo das várias visitas que o rapaz fazia ao seu quarto na ala médica, foi tirada UTI, há dois dias apenas, e acordou ontem. Nem avisaram ele, avisaram apenas Hope, que deve ter contado para Pietro, e pedido segredo. Tão logo abriu os olhos, planejava coisas, e Madeleine ajudou nisso, um salve para a ruiva que mantinha segredo, assim como Theodore que apesar de não ter simpatizado com o ruivo no começo, já nutria carinho pelo mesmo, pois, foi receptivo no pedido que fez a ele.

Furto, mas um furto pequeno, ele sequer seria preso por isso.

Passou pelo corredor, seguiu por outro, até chegar no elevador/escada que daria acesso para o camarote VIP reservado aos Ômegas e ZBZ’s. Acabou por chegar lá rápido, entrou pela porta, ouvindo o som ambiente, os risos, as gargalhadas, as conversas fiadas, e ouvia é claro, um cochicho ou outro quando entrou e desfilou até ele que olhava distraído para baixo, procurando alguma garota bonita? Ela já poderia te arremessar dali mesmo.

E sorte sua que a loira não viu seu olhar direcionado e mal intencionado para o vestido da colega, ou os dois iam voar para o palco do U2, direto pra um caixão. Mas, sem remorsos Madeleine, ela bancava a baixinha braba, mas era um papel divertido.

Acenou para as garotas, e pediu silêncio com um gesto de “xiu” como uma bonita enfermeira, não desejava que ele notasse quem chegava. Logo é claro, ela ia abraçar e beijar as colegas, estava com saudades de toques, abraços, sentir o perfume dos outros.

Nem é preciso mencionar o quanto ela estava fascinante, ainda mais usando a jaqueta preta e dourada do time de futebol, mais exatamente do time em que o namorado jogava, ela foi “roubada” por Theo, e entregue a ela, a pedido de Madeleine. Megan se machucou muito, mas nada agora parecia tirar o brilho que tinha nela, muito menos nos olhos.

Passou pela ruiva e beijou de leve o rosto dela.

Passou pelo ruivo e tocou no ombro dele com uma das mãos num olhar cúmplice que só criminosos sabem trocar.

- Eu fiquei sabendo que você não tem nada contra botas e vestidos, me beija, ainda? – Era uma pergunta simples, dita de um jeito carinhoso, quando ela tocou no ombro direito dela, e ergueu o braço pra isso afinal ele era muito mais alto.

Era uma pergunta de quem dizia, ainda estamos namorando mesmo depois de toda merda que eu fiz?

Ah Theo. Eu não gosto da Veronica's Wish. Mas tambem não gosto do U2. Bem lembrado!

Enfim, nossa que bacana. Eu salvo O MUNDO e vocês me sacaneando. Legal, legal!

É assim? Tudo bem.

Logo ouvia a...Aquilo foi um pergunta?

Christofer olha lentamente para você Megan.

Ele inclina a cabeça e a expressão dele parece bem...

Confusa. E séria.

Ele abre a boca e...Balança negativamente a cabeça, antes de falar calmamente.

- Desculpe mas...Quem é você? - Dizia com um sorriso estranho.

Afinal em Dux essa não é a palavra chave. Estranho?

Seria realmente a coisa mais absurda que você ja viu na faculdade ele apenas...Não lembrar?

Do seu nome, do seu rosto. De você.

Permanecia olhando como se...Precurando a reconhecer.

E se passam demorados segundos. Segundos de silêncio.

3,5,10.

Não é como se fosse conseguir aguentar por muito tempo.

- Te peguei. - Dizia antes de se aproximar e susurrar para ela, a abraçando com força. Claro que era sempre bom lembrar que fisico não é seu forte Megan.

Odiava baixar a guarda mas fechava os olhos e ficava em silencio naquele abraço.

Deveria, só poderia ser errado se sentir tão bem assim.

Valerie poderia se aproximar com um machado que eu não ia ver agora.

E a mantinha ali junto a ele.

- E não vou soltar Srta Blackburn... - Vai ter que se contentar com a sensação por hora ja que não
vai dar para "ver" muita coisa ja que ele segurava você proximo do peito Megan, sem fazer muita menção a solta-la.

Ta okay, eu talvez não odeie ESSA musica tanto assim.

Calma Chris, amiga.

Sério, ela nem imaginava que ele poderia ficar brabo ou querer jogá-la dali para o meio da multidão, afinal só estava ajudando a Blackburn caçula a realizar seu plano, e abelhas, ajudam abelhas. Outro item que ela procurava melhorar na sua estadia ali, conviver mais com as garotas, e isso incluía Reed, mesmo que não tivesse tido muitas falas com ela, acertou algumas coisas com a Princesa, e mencionou o que estavam precisando na ONG.

Professores para as aulas de natação.
Avisou que a sala médica para o atendimento pedido por Valentina ficou pronta.
Lucas e Taylor poderiam ajudar, se quisessem, claro.
Sala de música foi terminada com a ajuda financeira de Theo e da Família dele.
As aulas de música iam ser ministradas pelo Ômega e por mais dois professores, voluntários vindos do bairro mesmo, cresceram ali, e iam ajudar naquela parte.
A oficina continuava sem professor, infelizmente.

Talvez mais tarde ela pedisse para Sabrine assumir aquela vaga, porque Ezio estava ocupado com Robin. Talvez, Duck, mas o homem já tinha sua própria oficina.

Mandou fotos para Robin de como ficou a estrutura, o local estava a disposição dela, e a garota recebeu por e-mail todos os comprovantes com os pagamentos, afinal, Madeleine deveria prestar contas tanto ao doador, quanto a ONG, em si.

Mas, hoje é noite de festa e música boa, voltemos a programação normal.

- Todos merecem surpresas boas, ainda mais hoje... – Piscou para o rapaz e olhou para Theo, que permaneceu parado com ela, aceitando a provocação que ele lhe fez, afinal, os dois estavam num jogo divertido, sem nem precisar encostar um no outro.

- A noite nem começou Theo... – A Noite não era uma criança e ninguém ali iria dormir cedo, estava contente com o resultado, Pietro foi perfeito na requisição e organização de tudo e talvez, diga-se de passagem, somente talvez, eles conseguissem comprar o terreno ao lado do prédio atual e construir mais salas, podendo assim aumentar a estrutura.

Não custa sonhar, não?

- Ops... – Ela bebia outro gole, menos que o primeiro, e deixava escapar uma gota pelo canto na boca, levando o dedo indicador, “limpando” o pequeno rastro.

- Que feio... Me descuidei. – Fez uma careta engraçada, e fixou os olhos verdes escurecidos no ruivo, passando a olhar em seguida para o pessoal espalhado não lugar. Estava bom demais, cadê o problema? Tinha que ter um problema em seguida, porque era DUX.

Olhou pra tela do celular, e nada.
Gossip em silêncio significava uma coisa, problemas.

E Megan chegava, alguns ficavam até em silêncio pela passagem da colega, e pelo abraço dos dois. Olhou com uma ponta de inveja para a cena, mas respirou aliviada. No final das contas, entre mortos e feridos, todos acabaram sendo salvos. Suspirou e guardou o celular na bolsa.

- Você merecia levar um soco, Chris... Ou um chute na canela... - Riu baixo e deu um passo para trás, abrindo os braços como quem diz "trégua", e tornou a deixar os braços soltos no corpo, mexendo vez ou outra nos cabelos, estava um pouco nervosa, isso era visível.

- Quem roubou a jaqueta foi ele... Você nem pode confiar nos colegas, que tem, cuidado... - Riu falando para Chris e olhando para Theo, acuando-o do crime, mesmo tendo sido parceira ou mandante. Deu-se ao direito de brincar com eles, porque ao menos hoje podia se soltar um pouco. Mas, nunca baixar a guarda.

REFERÊNCIAS - INTERIOR DO LOCAL - MERAMENTE ILUSTRATIVAS

A saia é rodada, mas não com pregas, sem realizar fantasias ainda, Chris. Mas, a jaqueta é a sua, por isso fica grande naquele corpo pequeno, nota-se claramente que ela emagreceu por ter ficado presa naquela cama por todo este tempo. O rosto com um pouco de maquiagem, para disfarçara falta do Sol, vitamina D.

Vestido preto, com saia rodada, barra dourada, daria para ver um cinto dourado também, preso no meio da cintura. Ah, ela usa botas, salto mediano e quadrado, não dá pra desfilar num salto quinze, dois dias depois de ter saído do coma, ainda tomava remédios, e pelos médicos teria ficado no HU em observação, mas acabaram deixando-a ir, ela queria ir, ela quer ver todos eles, e abraçar todos eles, o quanto antes.
Mas, o melhor abraço ficava ali, com ele.

Não negaria que o abraço no topo da lista dela, era de Isabella, porque o calor da irmã encobria todos os outros assim com seu cheiro, mas não tinha mais o abraço dela, então Chris ganhava agora aquela posição. Note, é algo deveras importante porque abraços são lugares onde podemos descansar a alma por alguns segundos. Ou mesmo ter o Mundo do outro perto do nosso.

Deu para acordar e ver melhor o Mundo.
Porque ver o escuro era ruim.

- Mas... O que? – Reclamou, desconfiada dele. Você não sabe fingir, Chris, ela sabe, lembra disso, também. Ela é um mestre em fingir, contudo, não vê necessidade disso agora, então é fácil notar que ele estava tentando enganá-la.

- Eu vou arrebentar sua cara quando você estiver dormindo e indefeso... – Falou sorrindo e deixando ele lhe abraçar, encostou a testa no peito dele, porque era ali que a cabeça dela pendia, na altura do peito, logo abaixo do queixo, maldita pouca altura.

Suspirou pesadamente algumas vezes, segurava o choro, é claro.

Mas, acalmou, porque ela sabe controlar isso, e não era uma noite para chorar, era uma noite para rir, e pular se preciso no colo dele. E abraçar os amigos, e beijar as colegas. Logo ela se daria ao luxo de fazer isso com todas, mas agora era só dele seu tempo.
Passou os braços por baixo do casaco dele e abraçou-o com vontade, ele ia sentir as mãos tocarem a camisa, e ficarem alisando num carinho sem a menor pretensão, a testa colada no peito dele, um sorriso singelo, os olhos fechados e um momento de paz por fim no meio de todos aqueles eventos.

Teria tempo para pedir desculpas depois e perdão.

Só não queria mais perder tempo com egoísmo, e raiva, estes foram inimigos dela ali em DUX, e precisava extirpar ambos para melhorar, e fazer algo bom sair dali, deixaria que o buraco feito pela falta de Izzy pudesse ser preenchido com algo bom, a saudade sempre ia ecoar, vez ou outra, em um dia de inverno sem ela para beber chá, na primavera sem poderem ir para os campos colher flores e encher a casa da Fazenda, no inverno sem a irmã para dormir junto na frente da lareira na Mansão, esquentando marshmellons e ouvindo as histórias dela, e nem no outono quando podiam ir ler alguma coisa na beira do lago próximo a antiga casa.

Saudade faz um eco bater no peito e ressoar cada memória boa.

Mas, agora ia se permitir um tempo de felicidade, perdoando o passado e não vivendo como um fantasma dele. Bastava.

vestido

A risada saia tão… bonitinha.

Beirava a malícia.

Beirava também a inocência.

Encolhendo os ombros.

Com a carinha mais travessa do mundo!

Uma taça de champagne na mão esquerda.

E o milionário, agora impedidor de apocalipse, Patek Philippe no pulso direito.

O vestido?

Estamos falando da Princesa do Reino Unido, queridos.

O que vocês acham?!

Um belíssimo Valentino.

Comportado no busto e ousado ao extremo no comprimento.

Deixando as belas e cobiçadas coxas da princesa a mostra.

Uma mistura exótica de festa com gala.

Caindo perfeitamente no corpo bem esculpido.

Delicado em proporções perfeitas.

Perfection. As always.

Ornando com o belíssimo Harry Winston sobre o tórax e busto.

Sim, amores.

Depois do relógio de mais de um milhão de dólares.

Fiquem com o colar que nem preço tem, de tão exclusivo.

Presente de um certo príncipe… mas eu acho que vocês não chegam nesse bit.

Ah sim! O Príncipe da Holanda.

Vocês estão sabendo, não estão?

Bom, o país inteiro está sabendo.

Quanto mais Cambridge e, mais especificamente, Duxhill neste instante.

O cobiçado, aclamado, apaixonante. Príncipe Daniel Philippe havia chegado hoje.

Em uma visita especial para, obviamente, sua best de anos… Princesa Filippa.

Não existe um jornal, Twitter, Facebook, na cidade que não esteja falando disso.

Tanto porque o Príncipe é famoso por ser o solteiro real mais cobiçado do mundo.

Um bon vivant charmoso, simpático, irresistível.

Vocês já entraram no Instagram dele?!?!

Entra lá, ele fez um post pra Reed.

Chegando em Boston com rosas vermelhas quando ela foi recebê-lo.

E tem também post no Insta da Princesa.

Afinal… são amigos de longa data.

Há boatos. Na verdade não são boatos.

São bem verdades.

De que os dois na verdade tem uma amizade bem colorida e alegre.

Bem feliz, por assim dizer.

Afinal, quem não seria feliz com um Príncipe desses?!

E é claro que ele estava no primeiro show na casa dos Dark Knights.

Afinal, ele diz adorar AF.

Fez questão de conhecer Pietro, de conhecer o time, de pedir para ser convidado para assistir o próximo jogo da temporada.

Quem não se apaixona por esse cara?

Ele é incrível!

E a Princesa ta bem ali bem felizinha ao lado dele.

No exato momento, digo.

Na ala VIP do show, onde os convidados especiais estão.

Você ta aqui, Nate?

Dá pra ver pelo camarote dos Omegas e ZBZs?

A Princesa rindo de alguma coisa que aquele Homem falava ao pé do ouvido dela.

Um homem distinto, elegante, perfeito.

Num terno impecável, camiseta preta e calça social preta.

Simples e… vejam bem… perfeito.

Cheiroso, charmoso, delicioso… não pera.

Como que você tem coragem de deixar esse Homem sozinho, Princesa?!

Porque ela se afastava depois de receber um beijo cuidadoso na mão.

Deixava ele lá. Na área VIP.

Enquanto subia para o camarote dos Omegas e ZBZs.

Não.

A Princesa não ia ficar o tempo todo longe da sua segunda família.

Afinal, tem tempo de sobra para aproveitar o seu “”””amigo“””” príncipe da Holanda.

Príncipe do meu coração.

Porque eu to apaixonada por esse Homem.

Mas, enfim!

Reed chegava ao camarote dos Omegas e ZBZs.

Pouco depois que Megan acabava de fazer surpresa.

E vejam bem.

Não é apenas a Reed entrando no camarote.

É a Presidente ZBZ.

A porra da Princesa do Reino Unido.

Num vestido que, sim, deixa ela maravilhosa.

Como se já não fosse por si só.

Os Louboutins ecoam, claro que ecoam.

Ecoam na alma de todos vocês.

Aquele som lindo de poder e imponência.

Em forma de botas exclusivas.

Com o AK gravado na sola. Sempre.

- Hey, love!

Cumprimenta as ZBZs e os Omegas.

Claro que viu Theo por ali.

Com seu novo chaveirinho de estimação.

E Megan!

Uau!

Quando você acordou, love?

Não hesita a surpresa enquanto conversa com as meninas e alguns rapazes.

São alguns instantes ali fazendo o social.

Fazendo a diplomacia.

Disso a Princesa entende melhor do que ninguém.

Aprendeu isso a sua vida inteira.

Ser a Princesa Poderosa e Perfeita é o que ela mais sabe fazer.

E faz excelentemente bem.

Sorri para as meninas, ri com os rapazes.

Mas claro que sim, ela vai apresentar o Príncipe Daniel para vocês, meninas.

Só que mais tarde, okay?

Afinal, ele não pode subir nesse camarote exclusivo.

Tadinho.

Enfim, a Princesa se aproxima do grupo.

Um sorriso estampado.

Daqueles sorrisos clássicos da Princesa.

Sincero, sim. Mas discreto.

Direcionado para Megan, inicialmente.

- Hey! Bem vinda de volta, Bela Adormecida.

Brinca, apesar de que o coma de Megan não foi brincadeira alguma.

Mas, bem. A Bela Adormecida é uma princesa!

Pelo menos na Disney.

E a verdadeira princesa está sendo gentil, that’s all.

Aproximando primeiramente de Megan para lhe dar um abraço suave de cumprimento.

Veja que a Princesa chega no momento em que Christofer e Megan já se reencontraram.

Afinal, ficou alguns instantes com os outros antes de aproximar desse grupo.

E depois de Megan, vinha o olhar para Christofer.

Pisca um dos olhos pra ele, quase que camarada.

Simpática.

Algo que você nunca viu, Megan,

Será que esperava por isso?

O que um Apocalipse não faz com as pessoas, não é?

Ou simplesmente um ato de heroísmo para apagar qualquer mágoa ou erro anterior.

Você foi o herói aquele dia, Christofer.

E a Princesa fez questão de te agradecer pessoalmente.

Além de pegar o Patek Philippe de volta.

Que inclusive ela está usando!

Olha só.

Muitos philippes em um lugar só.

Princesa Filippa. Príncipe Daniel Phillipe, Patek Philippe.

- Boa noite, love.

Fala para Christofer, para enfim cumprimentar Theo e Madeleine.

- Theo. Madeleine.

Faz aquele sorriso lindo, mas discreto.

Aliás, você conhece o Dany, Theo.

Conhece super bem!

E sabe super o quanto a amizade dele e da Reed é colorida.

Um arco-íris sem fim.

- Tudo bem com vocês?

Aquele sotaque britânico londrino.

Olhando cada um atentamente.

Sempre do jeito firme.

Sempre com aquela suavidade na presença, apesar de imponente.

Sempre sutil.

Antes de desviar e passar ao redor.

À procura dos outros.

Ou por precaução.

É só a Princesa ou vocês também estão esperando alguma coisa acontecer?

Um mês passou.

Um mês de… paz?

Só se for para vocês.

Ou só se for para o fato de que não estamos evitando mais um Apocalipse.

Para Reed não foi tão tranquilo assim.

Afinal, ser presidente da fraternidade mais importante e conceituada do país não é tão tranquilo assim.

Tampouco fácil.

A segunda caloura a se tornar Presidente da Zeta Beta Zeta.

Por circunstâncias horríveis, mas não importa.

Não quando se tem uma fraternidade beirando o caos para segurar.

Ajeitar.

Melhorar.

E ainda aturar Eva e suas demandas.

Acreditem, Eva faz Alex parecer inofensiva!

Mas vejam só como está a ZBZ.

Plena.

As meninas estão felizes, estão bem, tranquilas.

Enquanto Reed se desdobra entre montar um novo Plano de Comunicação e Marketing para a ZBZ, entre visitar Robin todos os dias no hospital e checar o estado de Valentina com Jayden, entre auxiliar a Rainha Elizabeth II a acabar com o atrito que o “caso de espionagem da Katherine” causou.

Entre acompanhar o tratamento de Theo… mesmo que ele não saiba disso.

Ou ela acha que ele não sabe. Enfim.

Entre seguir as ordens do conselho, que especificava a parceria com a Oxfam.

Sim, a princesa vai sugerir ao conselho tudo o que você pediu, Madeleine.

Inclusive falar com Jayden a respeito de Lucas e Taylor.

Entre ajudar Robin com absolutamente tudo a respeito de inventário, herança, maternidade… mesmo que ela se recuse sempre a aceitar ajuda.

Foda-se.

Vai engolir.

Além de aturar a princesa mimando e enchendo de beijos, Rob.

Quem manda ser dona de parte do coração da princesa?

Ser uma de suas metades.

Enfim.

Robin recebia as condolências da Família Real a respeito da morte de William e Miranda Astor.

Recebia ligação, flores, mensagens.

Para o Mundo, William e Miranda Astor haviam sofrido um acidente.

E era melhor ficar assim mesmo.

Do que a verdade.

Uma verdade horrível, não é Rob?

Que a Princesa conversou com você quando estiverem sozinhas.

Além de deixar claro que não importa o que aconteça.

A Princesa sempre vai estar do seu lado.

Sempre.

Hope e Pietro estavam se recuperando.

Ossos quebrados não chegam nem perto do que poderia ter acontecido.

Mas certamente que Reed manteve Hope por perto o tempo que pudesse.

Aconselhando.

Acompanhando.

Hell, você sabe que essa princesa te ama, não sabe?

E você também, Pietro!

Que cuidou desse show inteiro sozinho, mesmo que a princesa tivesse oferecido diversas vezes ajuda e assistência.

Mas como sempre você pensa mais nos outros do que em si próprio, não é?

Afinal, existe alguém mais fodida nesse jogo que a Reed?!

Cuidando de tudo e de todos.

Mesmo que cultive esse jeitinho lindo de Princesa imponente beirando a arrogância.

Mas é a mesma princesa que de dedica às meninas da ZBZ.

Que aconselha, ajuda, é prestativa.

Já avisou à todas elas sobre as sugestões que fez ao conselho para melhorar a casa.

Estamos esperando a resposta, certo?

Até lá a Princesa faz questão de lembrar as meninas que são uma família.

Irmãs.

Cuidado umas das outras.

E Liv, você ganhou um campeonato no Japão, não foi?

É óbvio que todas as ZBZs estão sabendo.

Duxhill inteira está sabendo!

Afinal, você faz parte da família agora.

E trouxe mais um título para Duxhill.

Para sua casa.

Então vai ter festa quando você chegar, queira ou não.

Porque sim, as ZBZs cuidam umas das outras.

Lema que Ashley conhece tão bem e que Reed quer que o exemplo dela seja seguido por todas as outras.

Você consegue olhar na cara da Princesa sabendo que está pegando o amor da vida dela, Madeleine?

Algo que ela te falou. Te explicou. Te pediu.

Deve ser Amor Verdadeiro mesmo.

O seu.

Para ter tanta… cara de pau?

Falsidade?

Acontece que a Princesa trata você tão bem quanto qualquer outra ZBZ.

Como se não soubesse de nada e… bem, ela não sabe, não é?

Como poderia?

Mas a reunião que Reed e Madeleine fazem é profissional.

Onde conversam mais do que o trivial dentro da casa pink.

E Reed deixa claro que vai sim buscar ajudar nos quesitos que estão em aberto.

Professor de Natação.

Taylor e Lucas.

Afinal, a parceira ZBZ/Duxhill com a Oxfam é a prioridade do Conselho.

Mas a Reed não afirma isso para você, Madeleine.

E nem acho que você seja perceptiva o suficiente para notar qualquer coisa.

Mas, enfim.

Esperamos que sua consciência esteja bem tranquila.

Dormindo bastante à noite.

Mais que a Reed, se possível.

Que nem todas as noites passou na suite presidencial da casa pink.

Enfim.

Devon e Tony então estão presos.

Reed fez questão de perguntar para Castle sobre isso.

Não importa que estão intocáveis.

O que importa é que eles não toquem em ninguém.

E que, dessa forma, não vão mais machucar ninguém.

A Princesa confia, enfim, no Castle.

Como não confiar a essa altura do campeonato, não é?

Como viver depois de todo esse caos que vocês passaram?

Vão comemorar?

Depois de tantos que morreram, tantos que se sacrificaram.

Ou vão simplesmente tentar esquecer.

Ou melhor: amenizar.

Reed é boa nisso.

Importou até um Príncipe para animar ainda mais o show!

Vocês não estão animados?

As ZBZs certamente estão!

As ZBZs e a população feminina e gay inteira da cidade, na verdade.

Como culpá-las?!

Vamos aproveitar o show.

Aproveitar a “paz”.

Enquanto vocês ainda podem.


Louboutin Exclusive
Valentino / Cabelo / Make
Harry Winston

Príncipe Daniel
Roupa
Esse Homem.......
No mais.

Foi bem… grande.

O que fizemos, não foi?

O que vocês fizeram.

Eu só acompanhei o final.

Não fiz absolutamente nada.

Mas… foi grande, não foi?

Impedimos algo horrível de acontecer.

Algo ainda pior e mais cruel do que já aconteceu.

Com todas as vidas que se perderam ou que foram afetadas por toda essa história.

Será que um dia eu vou descobrir como eu morri?

Ou será que… eu ainda estou morta.

E tudo isso é um sonho.

Consciência coletiva.

Será que foi ele que me matou?

Ou minha mãe?

Ou foi o primeiro monstro da minha vida?

Sinceramente… talvez eu não deveria descobrir.

Então o que eu faço nesse mês é viver.

Algo que eu batalhei tanto para conseguir.

Infelizmente não passo o mês inteiro com vocês.

Viajei durante 20 dias.

Fui para o Japão e participei do Tokyo International IBJJF.

Um dos campeonatos de Jiu Jitsu mais importantes no mundo.

E… eu ganhei.

Na minha categoria, Adulto, eu ganhei.

Eu já tinha ganhado na categoria Juvenil.

Mas agora foi bem diferente.

Ser a mais nova da categoria Adulto torna tudo extremamente diferente.

Foi difícil, foi sacrificante.

Mas valeu a pena. Sempre vale a pena.

Ainda mais vendo o orgulho que Tyler transborda me vendo no topo do podium.

Ele foi até o Japão me acompanhar.

Mesmo que meu treinador agora seja outro.

Mesmo que minha equipe seja outra.

E o trofeu foi levado para outra casa.

Não a casa que meu coração pertence… perto de Tyler.

Enfim, chegar na ZBZ depois de 20 dias fora era mais surpreendente do que eu poderia um dia imaginar.

Nunca que esperaria uma festa.

Pra mim?!?

Porque?

Pra quê?

Claro que eu tento fugir… mas as meninas não deixam, ne?

E eu que me deixo levar pelo carinho que não to bem acostumada a receber.

No fim das contas, é isso que importa, não é?

O carinho.

O cuidado.

Que faz com que as conquistas que eu alcanço sejam ainda mais recompensáveis.

Espero que um dia todas as pessoas que perderam com tudo isso que passou.

Do tal Apocalipse.

Se sintam assim um dia.

Enfim, por incrível que pareça, eu vou sim ao show.

Algo que eu nunca faria na vida.

Não com a minha vida.

Nem no passado ou o que me restou no presente.

Mas que eu estou aprendendo a fazer.

Aqui.

Com vocês.

Subo direto para o tal camarote dos Omegas e ZBZs.

Chegando pouco depois da Reed.

Ela para, conversa com todo mundo.

Cumprimenta as pessoas.

E eu tento ser invisível.

O que pode ser um pouco difícil porque… bem.

Eu chamo atenção.

Pelo corpo, pelo rosto, pelos olhos.

Nem tanto pela roupa porque eu, como sempre, tento esconder.

Uso tudo mais larguinho. Mais discreto.

O cabelo solto, a maquiagem quase inexistente.

Cumprindo o figurino de toda introvertida.

Vocês já devem estar acostumados =)

Tanto conhecem que sabem que eu não vou até vocês.

Não vou até ninguém.

Eu só entro nesse camarote e sigo até o parapeito.

Que dá para o palco onde uma banda que eu não conheço está ali se apresentando.

Eu vi todo mundo.

Mesmo que parece que eu só olho pro chão o tempo todo.

Eu vi Maddy, Theo, Chris, Reed.

Vi Megan que estava em coma, não é?

Que bom que ela acordou.

Parece bem!

Isso é ótimo.

Mas eu guardo pra mim.

Fico quietinha. Como sempre.

As mãos apoiam sobre o parapeito e os olhos passam não apenas pelo palco.

Mas por toda a plateia nas arquibancadas e na área VIP logo abaixo.

Repuxo os lábios.

E fico ali até Deus sabe lá quando…


Roupa
[Considerar a roupa da direita e o vestido mais larguinho e mais comprido]

Eu acho que nunca me culpei tanto.

Afinal... Eu que te machuquei, não é?

E estar com o fodido também não ajuda muito.

Quero ajudar.

Fazer as coisas por você.

E... Não consigo direito.

Sim, isso deveria ser a menor das minhas preocupações.

Principalmente hoje.

Especialmente hoje.

Aliado ao fato de você ter ficado abalada com isso tudo... Eu apenas ignoro o que eu sinto para ser forte para você, Hope.

Ser, como sempre, seu porto seguro.

E por mais que eu tenha ficado abalado, ou mesmo esteja escondendo algo de você, desta vez você não vai notar.

Eu nunca abusei tanto do meu social como no último mês.

Cada palavra.

Cada gesto.

Sempre calculado.

Sempre pensado.

Não, não para enganar você... Quero dizer, em partes, sim.

Mas para ser forte por você.

Tomamos banho juntos, como sempre.

Você é meu braço esquerdo e eu sou seu braço direito, não é?

Te dou banho e você me dá banho.

Como sempre, vai além do banho, mas... Isso fica entre nós.

Hoje precisamos sair.

Esquecer do mundo.

E ser só dois bobos apaixonados.

Como trata-se de um evento oficial, em que seremos fotografados, preciso dar toda atenção aos contratos.... Por isso, Armani me vestia dos pés a cabeça, praticamente.

Visto um terno preto, de corte italiano.

Além de camisa de algodão preta.

Discreto... Afinal quem deve brilhar é você, Hope.

Eu quero você com todo seu brilho, radiante... Deixando tudo para trás.

E se para isso todos no show tiverem que torcer o pescoço para te olhar, que assim seja.

Por isso, preto, dos pés a cabeça.

Não por luto.

Mas para ser sua moldura.

Descemos pelo elevador, conforme te abraço com o único braço que funciona, já que o outro permanece em uma tipoia.

- Sem Mustang hoje... Nem eu nem você conseguimos dirigir... - Brinco com um meio sorriso, conforme beijo demoradamente seus lábios - Você está linda... É como se a cada dia você ficasse mais linda... Como é possível? - Sussurro, mordiscando seu lábio suavemente.

Finalmente chegamos ao hall... Onde a mesma limusine que você contratou, Hope, quando veio me buscar na Omega para aquela balada, nos espera.

Eu apenas te olho com um sorriso e caminho até ela.

O motorista desce para abrir a porta para você, mas eu o impeço com um aceno de mão e um sorriso educado.

Abrindo a porta para você.

Hoje é sua noite, Hope.

De deixar todos os traumas e coisas ruins para trás.

E ter um novo... Começo.

- Por gentileza, madame... - Brinco, dando a mão para que você se apoie para entrar.

Roupas

Finalmente a limusine nos leva, de Boston ao show.

Enquanto... Temos algum tempo livre aqui atrás. O que acha, Hope?

O mundo não acabou.

Lado bom? Eu não morri.

Nem a Sabrine.

Lado ruim? Todos vocês, imprestáveis, sobreviveram.

Fazer o que... Vida que segue.

Nunca imaginei que o sossega legão que preparei para a Netflix de Bogotá pararia no delicioso traseiro da Robin.

E no fim... Foi isso que salvou o mundo.

Quem poderia imaginar?

Enfim, foda-se.

O mês não foi tããão tranquilo assim.

Tive que aguentar uma Sabrine me evitando como pode, puta da vida, por eu ter... Soltado meu cinto.

Mas... O medo, aliado a culpa de viver aquilo de novo... Foi esmagador.

Eu nem consegui reagir.

Só... Me deixei ir.

E pensar que o carro que tirou Angel de mim foi o carro que também impediu o mundo de ir pro saco.

De quebra ainda botei no cu dos filhos da puta que machucaram Angel.

É quase poético.

Catártico, eu diria.

Melhor que isso só se eu tivesse enfiado meu braço no cu da tal Devon.... Mas não estava em posição de fazê-lo, todo fodido como eu estava.

Mas enfim, isso não acalmou a Sabrine.

Além de eu estar enfrentando greve de sexo dela, ela ainda foi para a ZBZ hoje.

Puta da cara.

Acho que se eu tivesse comido outra ela não ficaria tão puta.

De qualquer modo, cá estou eu, subindo no quarto mais alto da torre mais alta... Tentando acalmar minha ogra.

Rain permanece no carro, com o mau humor que já está virando costume.

Enquanto eu bato na porta.

Uma loirinha pitelzinha abre a porta.

Com um batom vermelho tão forte que é impossível não imaginar essa boquinha caindo de boca na minha rola.

Foco, Maxwell.

Respiro fundo e abro meu melhor sorriso.

- Boa noite, abelhinha linda... Vim buscar a Sabrine. Você pode chamá-la, por favor?

Pelo sorriso que ela me dá... Acho que ela me daria o boquete antes de chamar a Brine, se assim eu pedisse.

Mas fico ali, feito um paspalho.

Visto um terno Ermenegildo Zegna feito sob medida, além de um colete justo ao meu corpo.

Uma camisa de algodão egípcio de 200 fios, branca com estampa quadriculada.

E uma discreta gravata azul.

Luvas de couro e uma echarpe bordô complementam minhas roupas, que Rain teve que me ajudar a vestir, já que eu nem consigo mexer o braço direito, preso em uma tipoia.

Vai demorar quantos anos pra descer, porra?!

Roupas

Abro um sorriso ao ver um certo carro vermelho cereja sendo estacionado, enquanto permaneço, mais longe, na mesma fila de carros.

- Estou nervosa, amor... Valentina está certa, né? Podemos mesmo? - Sussurro, batucando com as unhas no volante da BMW.

Volto os olhos para você, Cassie.

Sentindo medo.

Frio na barriga.

Euforia.

Tudo junto e misturado em uma combinação que eu nem entendo.

Estaciono a BMW em frente ao vallet.

Megan desceu tem algum tempo.

E eu enrolo mais um pouquinho, até Cassie me cutucar para descer logo, quando alguns carros atrás buzinam.

Finalmente destravo a porta gaivota da BMW vermelho lava... Porque não sou mais aquela garotinha vermelha cereja.

Agora sou uma mulher em erupção que está reconquistando sua vida perdida.

Viro os pés descalços para fora da BMW, sem me importar com os olhares, e calço os Manolos.

Velha mania de dirigir descalça.

As pessoas olham?

Se espantam ao me ver? Nem ligo.

Me ergo do carro com um sorriso amplo.

E espero Cassie chegar.

Assim que ela o faz eu dou a mão para ela, enlaçando os dedos aos dela.

Sim, Isabella Blackburn volta do mundo dos mortos com Cassandra, ex presidente da ZBZ.

E estamos juntas, de mãos dadas, assumindo nosso relacionamento.

Vai surtar agora ou depois, Duxhill? E você, Gossip, está viva?

Assim que Cassie chega ao meu lado eu lhe dou um selinho rápido, mais para me acalmar do que qualquer outra coisa.

Óbvio que você pode sentir meus dedos gelados, Cassie, ainda que eu demonstre toda imponência do mundo, no alto dos meus 1,50m de altura.

Mais o salto! Não esquece!

E sim, com a deusa grega de parar quarteirão, fazendo todo homem babar por onde passamos.

Mas... Temos destino certo, não é?

Adentramos o camarote.

E permanecemos afastadas... Confie em mim, aprendemos a ser discretas nesse tempo todo que passamos mortas.

Espero vocês terem aquele momento.

Nunca os impediria.

E então me aproximo.

Em um ângulo que nem você, nem Chris, poderia ver nossa aproximação.

Até que vocês finalmente ouvem minha voz.

Aquela voz doce, impregnada em um sotaque britânico que era impossível ser disfarçado.

- Já disse que vocês formam um casal lindo e que eu fui uma idiota em torcer o nariz para você, no começo, cunhadinho? - A voz está embargada, claro.

Mas me esforço para não chorar.

Conforme olho para vocês.

Esperando para ver qual seria a reação de vocês.

Sem nunca soltar das mãos de Cassie.

Visto um vera Wang azul marinho, que casa em perfeição com o Manolo cravejado de diamantes.

Que, por sua vez, também conversa com meu colar da Tiffanys, também de diamantes.

Carrego apenas meu celular. O resto está na bolsa da Cassie.

É, eu sou abusada.

Vestido

Sapatos

Colar

Maquiagem

BMW I8

Era bonito de ver. Theo entendia a energia que se passava entre Megan e Chris. O rapaz apesar de sempre parecer ou querer passar a mensagem de que pouco se importava com as coisas, estava um pouco desmontado com aquela cena toda. Se todos do grupo estava satisfeitos em saber que Megan estava bem, dava para imaginar o alivio de Chris. Só imaginar.

Continuou a brincadeira de provocação com Madeleine. Aquela tensão entre eles ali em um lugar público era algo interessante. Tinham que fazer conversas que tinham 500 intenções parecer coisas mais casuais possíveis. E era isso que ele tentaria fazer.

- Ééé... A noite tem tudo para ficar interessante...

Conversava com a Ruiva de maneira casual. As vezes olhava em direções diferentes, procuram passar uma imagem descompromissada. De uma conversa de amigos. Batendo papo em uma festa.

Assistia o gole que ela tomava do champanhe e acompanhava com os olhos a gota fujona que deslizava pelos lábios da Ruiva estonteante. Respirou fundo e soltou um sorriso mal intencionado na direção de Madeleine.

- Madeleine...

Theo deu olhou em volta para ter certeza de que o que estava prestes a falar não seria ouvido por outras pessoas. Assim que teve certeza, continuou.

- Eu vou te falar uma coisa...

Falava, sorrindo, gesticulando. Qualquer pessoa que olhasse poderia jurar que era uma conversa sobre amenidades. As vezes ele até apontava, com a mesma mão que segurava a taça de vinho em alguma direção randômica, como se contasse uma história.

- Se você continuar assim, eu não vou terminar a noite sem te colocar contra aquela parede...

Apontou uma parede que ficava no canto do camarote que estavam, que daria um pouco de privacidade, mas não seria nada escondido.

- E te beijar inteira...

Parou de falar, olhou para a Ruiva ainda sustentando aquele sorriso mal intencionado. Piscou um dos olhos e passou a olhar em outra direção, deixando Maddie assimilar o que tinha acabado de ser dito.

Viu também Reed entrando no salão acompanhada. Já conhecia o par dela de outros carnavais. Acompanhou o novo casal Real com os olhos até que cruzasse olhares com o Príncipe Daniel. Sorriu cordial e levantou a taça de champanhe quase vazia para o rapaz, cumprimentando ele. Fez um leve maneio de cabeça como quem diz “Seja bem vindo e aproveite”.

Reed veio na direção deles e Theodore apenas arqueou as sobrancelhas e coçou um pouco o queixo.

- Boa noite Reed. Vou bem, obrigado. E você?

Olhou em volta e pouusou os olhos sobre a situação que surgia da mulher que se aproximava de Chris e Megan. Parecia ter muia emoção envolvida.

Reed. Eu lembro do que conversamos depois.

Conversamos seria um plural. Eu lembro do que ela disse.

Sobre Robin.

Sobre o "não fim do mundo".

Sobre ainda termos um mundo por causa do que eu fiz.

Sobre Megan.

Sobre "talvez estar errada".

Adoraria dizer que não ouvi nada...Mas eu ouvi.

E nem cruzei os braços.

Sabe, as vezes não é tão importante quem esta certo ou quem esta errado. Talvez nem tenha certo e errado sempre. Você vai ao longo da vida se desentender com pessoas, as vezes por anos, para sempre...E olhando para tras pareça que não valeu a pena.

Talvez por isso eu tenha apenas retirado o relógio do pulso e extendido.

"Imagino que vai querer isso de volta, foi de muita ajuda"

É a melhor forma que alguem como eu poderia expressar.

Ela aceitou e sorriu. Talvez tenha entendido o que eu quis dizer, talvez não.

Talvez eu tambem estivesse errado.

Mas a pergunta é...Faz diferença no final das contas?

Sabe o que é bacana. Eu explicar isso enquanto alguem diz que vai "arrebentar minha cara"

- Shh... Não estrague o momento.

Dizia com aquele tom de voz habitual, ainda de olhos fechados.

Contudo passado alguns instantes...

- "Ainda me beija"? Quantos anos você tem, 13?

E agora sim olharia para ele. Percebia as pessoas olhando para eles e...

Ok, isso é meio constrangedor. Não que eu ligue.

- Sempre que você quiser... - A mão gentilmente erguia o rosto da ainda namorada, enquanto aproximava os labios dos dela a beijando, deixando os dedos passarem pelos cabelos loiros enquanto desfrutava da sensação, se é que ela precisava MESMO de uma resposta.

Após alguns instantes não tão rapidos, ele voltava a falar.

- Acho que vou ter que deixar você ver os outr...

Era quando ouvia aquela voz.

E olhava, claro. Era um reflexo natural.

La estava ela. A reação dos demais não ocultava a verdade. La. Estava. Ela.

Eu sou muito racional, mas mesmo assim estou a uns 15 segundos olhando.

Cassie junto. Sabe isso explica algumas coisas.

Não consigo deixar de sorrir. É impossivel.

- Eu sabia. - Balançava a cabeça negativamente, incredulo.

Olhava para Megan, a "soltando" em seguida. Fazendo um sinal com a cabeça para ir até a irmã, ou querendo mostrar que tambem estava vendo aquilo

Vai la Megan, não é sempre que finais felizes acontecem.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roupa e Cabelo

Eu acho que nunca me culpei tanto.


É Pietro...


Eu sei que você se culpou pelo que aconteceu, a forma como quer fazer tudo por mim, demonstra exatamente isto.


Não que você não fizesse em uma situação diferente.


Mas tem algo aí.


Sempre tem.


Fato é que.


Tudo que aconteceu me abalou muito.


Você me conhece, Pietro.


Sou toda emoção.


Emoção e sentimento pelo mundo inteiro.


Eu mal me recuperei de “morrer”.


E agora...


Tudo isto.


Tudo que aconteceu, tudo que foi perdido.


Vidas, histórias.


E ao mesmo tempo que todos são vítimas, todos são vilões também.

É claro que para o resto do mundo Hope Mitchell passa muito bem, obrigada.


Sorrindo, radiante, e com as roupas mais decotadas possíveis.


Mas Pietro...bom nos vivemos juntos, dormimos e acordamos juntos.


Ele sempre vai me ouvir chorar, sempre vai estar lá para me abraçar após um pesadelo.


Ou uma crise em que eu chore e diga que não sei se tudo acabou mesmo.


Se no dia seguinte não iriamos ser inseridos naquele inferno de novo.


Choro por quem já não pode chorar.


E choro por quem deveria chorar também.


Pietro neste meio tempo foi meu porto seguro.


Talvez. Esteja tão consumida de emoção que não consiga enxergar as dele, e o quanto ele também está sofrendo, e se cala para me poupar.


Me embalar e limpar todas minhas lagrimas.

Enquanto evita as dele.


Então eu levei uma vida normal, estudei o tanto que não havia me dedicado desde que cheguei, me preparei para o próximo teste de cheers, posso não ser head novamente, mas voltar para o time já seria bom.


Perguntei se Valentina me queria novamente no HU, e ela nem me respondeu.


Conversei com Reed, sobre tudo, embora sempre demonstrei estar tudo bem.


Minhas crises são minhas crises.


Conversei com todos que podia, na medida que podia.


Enfim, uma vida normal.


Pietro não quis ajuda com o evento, fez ate bastante mistério sobre, e eu deixei ele.


Eu confio plenamente neste italiano, e bom


Eu também amo ele.


E não vou cometer os mesmos erros que quase nos separaram.


Agora somos nós.


Nós dois contra o mundo.


E vai ser assim para sempre.


Após o banho eu estou sentada a cama, enrolada na toalha, separando algumas roupinhas de bebes que comprei para o filho do Ezio.


E da Robin.


Bom ainda não me acostumei com isto.


Nem com nada.


“Hey amor, venha ver, comprei roupinhas para o Oráculo”


Enfim.


Ser uma tia babona me rendeu bons momentos, por isto acomodo os três macacões numa caixinha e a fecho.


Depois de algum tempo olhando ela eu me levanto e vou para o closet me trocar.


Quanto tempo demoro?


Suficiente.


Mas valeu a pena esperar, certo Pietro¿


Afinal o vestido caiu em perfeição ao meu corpo, e não poderia combinar mais comigo, sempre com aquele ar de sexy mas solto, sempre denotando liberdade, até mesmo na peça sobre o corpo, que deslizava pela pele.


Nunca cola nela.


O vestido é de brilhantes, feito sob medida, com um decote que certamente vai te causar ciúmes e me fazer ficar anda mais satisfeita, ao detalhe vai para a fenda na perna, ornada por tiras de brilhantes, que combinam com a body chain, que se prende e meu pescoço, emoldura ao curva dos seios, deixando reluzir o brilho ali, e sobe em uma choker de duas voltas a meu pescoço.


Os cabelos estão presos em um coque bagunçado, com fios beijando a nuca, e caindo sobre o rosto, a maquiagem como sempre dá destaque aos olhos amarelos.


Os sapatos são altos, em estilo sandália, e não tem marca alguma, o destaque nunca está neles, e bom eu não ligo para estas coisas.
Nas mãos anéis feitos sob medida para ornar em diamantes, pegando parte dos dedos e também e das mãos, como se fosse uma luva.

Aneis e pulseira


Eu ligo para enlouquecer o Pietro.


Vestido


Vestido


Que neste momento eu devoro com os olhos, com aqueles terno que cai em perfeição a ele, todo negro.


Como no dia que nos “conhecemos” naquela gaiola.


Ah claro, e tem um destaque lindo na minha roupa, a tipoia que uso no braço direito que se quebrou no meio do Apocalipse.


Detalhes.


Pietro me abraça com o braço que tem, e eu arrumo os cabelos dele com o que me sobra.


Um casal perfeito.


E pensar nisto me faz rir alto.


Escuto ele falar que não vamos de Mustang hoje, e eu consinto em positivo, aproximando o rosto e deixando aquele beijo acontecer, a mão livre, a única, toca a nuca do italiano e o traz mais para mim, enquanto escuto ele falar que estou linda, e como era possível.


Eu dou uma risada baixa, e murmuro.


- Sexo....


A resposta para tudo.


- Muito sexo....


Sussurro, enquanto caminhamos pelo Hall.


E então vejo a limosine.


E paro.


Apertando a mão de Pietro.


Meus lábios ficam entreabertos.


E logo meus olhos buscam os seus, Pietro.


Puta que pariu você tá usando a mesma limosine, meu sorriso fica radiante.


Porque e algo nosso.


É como....


Reviver algo nosso.


Não dá pra explicar.


Você dispensa o motorista em abrir a porta, e logo abre a porta para mim, eu entro a limosine segirando sua mão e me ajeito ao banco da mesma, sem me preocupar em cobrir as pernas, a fenda existe para isto mesmo.


Expor.


Puxo você o banco, e o sorriso está ainda maior, enquanto murmuro.


- Já está mágico....


Digo me referindo a noite, afinal.


Só a gente vai entender o enorme significado desta porra de limosine, Pietro.


- A melhor parte é que agora você não vai se fazer de difícil, certo?


Digo encarando seus olhos de leve, enquanto deixo o corpo deslizar para cima do seu.


Sem censura ou ressalva.


O motorista que se foda.

Deixo a perna passar para o lado, sentando ao seu colo, encaixando as coxas ali, e logo envolvo seu pescoço com o braço livre, te puxo para mim, e colo os lábios aos seus.


Mas desta vez já busco sua língua, tombando o rosto, colando o corpo.


E só solto sua boca quando chegarmos, Pietro.


Talvez.

O que estou fazendo?


Enquanto Izzy parece entrar na sessão nostalgia ao ver o carro da irmã dela.


Pudera, certo?


Checando o perímetro.


Analisando tudo e todos, com olhos atentos, e também alguma aparelhagem de apoio.


Não é como se eu fosse ser a velha Cassandra de sempre, e sair confiando em tudo e todos.


Eu fiquei paranoica.


E isto me conferiu um instinto de sobrevivência único.


Então.


Ser paranoica em Duxhill é ótimo.


Izzy logo diz que está nervosa, e então pergunta se elas podem mesmo.


- Basicamente Castle conseguiu provas suficiente que nem eu e nem você somos culpadas de nada e parece que....a seita deve dar um tempo agora, depois de perder uma batalha tão importante.


Dou de ombros.


- Não sei se podemos, se devemos, Izzy...


Os olhos vão de canto a você.


- Mas precisamos, ok?


Você precisa, certo?


Então eu também preciso.


Estendo a mão tocando a de Izzy por cima do volante, e apertando de leve.


- Estou aqui, ok? Não vou sair do seu lado...


Nem por um segundo.


Estacionamos, e ficamos no carro.


Ok, Izzy.


Por mais que eu goste de espionar, e estar sempre a frente com as informações.


Não foi para isto que viemos aqui.


Te dou uma cutucada de leve com o dedo.


- Vamos?....


E você finalmente sai do carro, eu saiu em seguida, após deixar uma câmera ali no carro.


Como eu disse, paranoica.


Se alguém entrar em nosso carro, tentar colocar algo nele, eu vou saber.


E bom..


Eu me preocupei muito mais com segurança do que com meu vestido.


Por isto usei um modelo que Izzy havia me dado a alguns dias.


Um tomara que caia preto com alguns brilhantes que cai como luva ao meu corpo, denotando os seios fartos e o corpo magro.


Os cabelos caiam pelas costas com belos cachos e maquiagem era bem discreta.


Aos pés usava Pradas de cor prata, ornando com o vestido.


Alem de uma bolsa de mão também prata de brilhantes, onde eu portava tudo que precisava e ainda acomodava as coisas de Izzy.

Roupa e cabelo

 

Dou a volta ao carro, até chegar até Izzy, e logo estendo a mão tocando a dela, entrelaçamos os dedos e eu abro um sorriso amplo para ela.


Porque sim.


Estamos em Dux.


Juntas.


Mais juntas do que nunca.


E juntas como poucos podiam imaginar.


Sinto o selinho rápido de Izzy a meus lábios e suspiro fundo, sacudindo a cabeça em negativo, estendo a mão e toco a nuca de Izzy, acomodando os dedos a seus cabelos e logo a puxo para mim, selando os lábios de modo mais demorado, sorvo a língua dela de leve, e depois a solto, sussurrando.


- Te amo...


O sorriso se abre mais, e finalmente caminhamos na direção do evento.


Vamos ao camarote.


E eu não falo nada nem com Izzy, nem com ninguém.


Estou analisando o local.


Possíveis saídas de emergência.


Possíveis falha na segurança.


Possíveis suspeitos.


Até que finalmente chegamos em Megan e Chris, abraçados.


Logo Izzy fala daquele jeito e eu apenas aperto de leve a mão dela, percebendo o tom que a voz dela ganha.


E somente solto sua mão, no momento que sei que Megan vai roubar você, pelos segundos que ela precisa e merece.


Para sentir que você está viva, Izzy.


E que ela a ama mais do que nunca.


E logo meus olhos vão a Chris, enquanto ele diz que sabia.


Eu suspiro fundo, e murmuro.


- Desculpa Chris...sei que nosso sumiço te deixou em maus lençóis, te fez um vilão no final das contas, mas....


Encolho os ombros.


- Era a única forma que tínhamos de continuar....


Vivas?...


Porque o nosso maior problema não seria a cadeira, acredite.


Tombo de leve o rosto.


- Sinto muito mesmo, por tudo que passou.


Sim, fiquei paranoica, meio hacker, meio fria.


Mas ainda sou a Cassie, sabe?...


Aquela mesma.


Que falaria algo assim para você Chris, assim que tivesse uma oportunidade.


Reed também estava ali?


Finalmente tiro os olhos de Chris e os volto a princesa, cumprimentando ela.


Assim como Theo e Maddy se estivessem por perto.


Afinal...


Cade o dono do evento?

Megan fez algumas coisas no pouco tempo em que saiu do HU, mas foram suficientes para tornarem a se lembrar dela, e desta vez de um jeito bom.

Ezio recebeu uma pequena caixa com dois pares de sapatos de lã, feitos a mãos por ela – uma habilidade velha, que ela pensou ter esquecido, mas trabalhou bem naquilo - , bem era o tipo de coisa que uma mãe faria ou uma tia, mas acabaria tentando agradar ao jovem casal, porque gostava do italiano, e não tinha nenhum atrito com Robin. Claro que ela soube por Madeleine de todo o ocorrido, mas no fim das contas a jovem Astor era tão vitima quanto todos eles foram. Apenas esperava que seus presentes, mesmo que pequenos e singelos não fossem jogados fora. Era itens delicados e de bom gosto, avisou Ezio que eles seriam mandados para o Hospital onde a garota estava, já que o encontraria lá, provavelmente.

Excluindo Madeleine e Theo, ela avisou Hope é claro, que havia saído da Unidade de Terapia intensiva, tinha acordado como que por milagre, e obviamente foi ver ela e Pietro, mesmo que uma visita rápida, ambos foram abraçados e beijados. Tinha saudades, apenas tratou de matá-la. Avisou que viria na festa organizada por Pietro, já que desejava reencontrar Chris. Teve alguns cúmplices nesta história, foi divertido organizar, e ter acima de tudo paciência.

Nestes dois dias, fez os sapatinhos, falou com Hope e Pietro, visitou o tumulo da irmã, desta vez levando lírios brancos, deixou-os expostos ao pé da estátua de Anjo.

Também cuidou de reverter toda documentação para si novamente, já que havia deixado aos cuidados de um advogado que estava a ordens de Hope, confiava na garota a este ponto sim, ela jamais ia lhe trair, e convenhamos, nem precisava, a amiga era tão ou mais rica do que ela.
Valentina não desejava visitas, mas ela enviou um e-mail pedindo se a vaga na ala infantil estava em pé, ainda. Porque não aproveitar seu ponto mais alto com quem é mais difícil de lidar? Não importava se fosse preciso contar histórias ou trocar fraldas, ela o faria.

Conseguiu agradecer a Velásques pelos favores, o homem foi discreto e cuidou bem de tudo, e porque não dizer que em partes ele salvou sua vida, também?

Não foi ver Sabrine ou mesmo Max, o último ela queria enfiar a mão na cara, mas saber que ele mudou tanto e em tão pouco tempo, a fez baixar a guarda, ele ia parecer sempre um maldito filho da puta, mas como a crença de Sabrine estava certa, no fundo ele é alguém bom, do jeito torto e pervertido dele. Já a garota ela não foi ver porque não desejava importuná-la, ou talvez estivesse com medo de rejeição por parte dela, afinal por sua culpa ela revelou ser o Oráculo e com isso ferrou com muita gente.

Desejava ficar no abraço de Chris por mais algum tempo, mas foram interrompidos pela chegada de Reed, junto de seu novo par, que deveria estar causando furores nas mídias, afinal a maioria da população, e digo isso fora até mesmo de DUX, ama uma fofoca.

Megan tentava não bater em Chris ou pelo menos tentar, porque ele ficava “de graça”, já que não podia aproveitar o momento direito, sem querer beliscar ou pisar no pé dele. Garoto insuportável, mas amava. Nem é preciso dizer que retribuiu o beijo, fazendo cara feia por ter sido curto. Até simulou ficar emburrada, mas nem ela conseguiu fazer isso hoje.

- Não vou ficar falando minha idade, criatura chata... – Ela ia morder ele no pescoço se não tivesse ouvido os sussurros sobre a chegada de Reed.

Ela vai retribuir o abraço da colega, e sabia que a mesma é a Presidente, mesmo sob a circunstância que a inseriu nisso, é válido, Valentina estava bem, fora de perigo, e não ia demorar a atuar no HU, a casa das abelhas precisava mesmo de alguém com um vínculo mais próximo e atenção.

- Oi Reed, pena que precisei acordar sozinha... – Disse olhando de relance para Chris com um sorriso maroto e logo abaixou a cabeça.

- E você plena, como sempre.... – Não foi uma pergunta, foi uma afirmação. Sem qualquer nota de ironia ou sarcasmo. Não tinha espaço para isso naquele ambiente, e nem no que aconteceu, passado, ele volta sim, e cobra tudo de você. Porém, agora o que desejava era um pouco de paz, e porque não dizer progresso?

- Será que o casal vinte demor... – Ia perguntar, no meio da “roda”, afinal o pequeno grupo formava um semicírculo ali agora. Não viu mesmo ela. Mas, a voz, ah senhores, quando você só dorme na infância com a voz de alguém lhe contando uma história e dando um beijo de noite, você reconhece essa voz sim, até mesmo no inferno.

Dá tempo de reagir, ah dá sim.

Mas, tudo que consegue fazer é girar o tronco, depois o corpo devagar e ver ela, elas, na verdade, afinal Cassie estava junto dela.

Dela, sua irmã, a que tinha morrido, e por tudo que é sagrado, apareceu ali no meio da sala VIP roubando provavelmente toda a atenção que qualquer outro ser poderia estar tomando. Porque? Porque Isabella tinha morrido, Cassie também e ambas agora surgem no meio de um show, e o pior, a mais velha continua com a mesma cara de pau.

Chris, você sabe que é amor de verdade entre vocês dois. Ao menos ela espera que você saiba disso. Mas, É A IRMÃ DELA. E não tem nada maior neste Mundo para ela do que isso.

- Minha Alice... - Sussurra para a irmã.

Megan dá um passo longo, e alcança a morena, abraçando-a, estiva os braços por cima dos ombros dela, e aperta com a saudade de quem pensava que nunca mais iria fazer isso. E ela chora, dane-se a maquiagem e a compostura. Porque as lágrimas eram de alegria e estas são raras. Afundava o queixo no ombro da garota, elas são semelhantes no tamanho e ambas usavam salto alto. O cheiro da irmã era o melhor cheiro do Mundo, pra ela. Ficou brincando alguns segundos com as mãos nas costas dela. E alisou o cabelo da garota por alguns segundos.

- Obrigad... Obrigada... – Olhou por cima do ombro para Cassie, porque tinha o dedo dela sim, porque ela colocou o último disco e prometeu que tudo ia ficar bem e ficou. O que pedir a mais para uma cunhada? Megan sequer ia mencionar isso.

Soltava Isabella aos poucos, mesmo querendo ficar pendurada na irmã.

Depositou um beijo na testa dela, e limpou a maquiagem que borrou um pouco com a manga da jaqueta – foi mal, namorado – e limparia o rosto da irmã se preciso.

- Desculpa... É que... Caramba, eu ia, eu pensei no que faria, umas mil vezes... Se te visse de novo...  O que eu faria... – Sorriu sem graça, recomposta.

E por fim abraçava Cassandra, se ela permitisse, sem se pendurar nela como fez com Isabella, soltaria e pegaria nas mãos das duas, tinha que sentir, ter contato, porque não eram de mentira.

Puxou a manga da jaqueta pra cima, estava usando a pulseira de Cassie, afinal ela foi madrinha dela, se havia uma tradição que Megan gostou na ZBZ foi aquela. Trazia proximidade entre elas.

- Vocês vão ficar...? Vocês podem ficar aqui, bem...? – Lembrou da Seita, porque mesmo com a emoção mexida, ela lembrou deste infernal detalhe, da Seita, da irmã estar nela antes e de Cassandra, porque representava perigo para ela também.

Como eu não me culparia?

No meu desespero de te proteger... Foi eu que te machuquei.

Uma fratura no osso rádio.

Por impacto.

Do meu corpo.

É idiota ficar pensando nisso, eu sei, afinal... "Salvamos o mundo".

Mas, ainda assim, eu não consigo simplesmente relevar como se fosse um erro qualquer.

Como bem ponderado por você, você já passou por muito... Eu deveria ter antecipado.

Evitado.

Tsc...

Fora isso, lidar com você abalada.

Não é um fardo.

É uma dádiva... Porque eu sei que você não demonstra como realmente está se sentindo para mais ninguém, além de mim.

Gostaria que fosse diferente? Com certeza.

Queria você bem.

Plena.

Mas... Dada as circunstâncias, saber que mesmo depois de tudo, ainda sou seu porto seguro, é reconfortante.

Contudo, o tempo não para. Deixemos minha confiança abalada de lado.

E eu quero sim que a gente tenha um noite normal... Dentro do possível da normalidade de Duxhill.

Mesmo que seja comprando roupinhas para o Oráculo.

Eu nunca imaginei que Ezio teria um filho assim, do nada...

Se você está babando... Espera até que eu descubra o sexo.

Vou comprar o mundo pra esse bebê.

E claro que eu aguardo o tempo que for necessário para você ficar pronta.

Sempre vale a pena te esperar o tempo que for necessário.

Nem ligo para atrasos.

Não me importo com o que pensam.

Você está mais do que perfeita.

E você nota que estou repetindo as roupas do nosso "primeiro encontro"? Não era para notar, Hope.

Não me atrapalha.

No elevador, nos abraços e você logo me beija daquele modo.

E você logo me dá aquela resposta, fazendo eu rir.

Saímos pelo hall.

Rindo, de mãos dadas... Sendo pessoas normais, né?

Então você para daquele modo ao ver a limusine.

E isso só me faz rir mais.

Você busca meus olhos e eu pisco para você.

- Surpresa... - Sussurro, me aproximando e beijando demoradamente sua bochecha.

Dispenso o motorista e te ajudo a entrar, te dando apoio.

E quando entro, você avança daquele modo.

Eu me preocuparia com o motorista? Sim, se não tivesse solicitado que o vidro opaco ficasse erguido durante todo o trajeto.

Conheço a namorada que tenho.

- Está só começando... - Respondo com o mesmo sorriso - Eu me fiz de difícil por quanto tempo, Hope? É impossível resistir a você... - Respondo, conforme você sobe no meu colo.

E busca meus lábios.

Conforme te abraço como posso, deixando minha mão brincar pelo seu corpo.

Matar a saudade.

Porque cada segundo longe de você é uma eternidade.

Eu só percebo que estamos chegando quando noto a agitação ao redor.

Ouço o barulho das pessoas.

Então afasto o rosto do seu pescoço, já que estava ali, a sentir o sabor da sua pele.

Matando o vício que tenho pelo seu perfume.

- Precisamos descer, amore... - Sussurro, conforme o motorista se aproxima para abrir a porta, após parar o carro.

Delicadamente te desço do colo.

De modo bem hesitante, é bem verdade.

E então desço deste.

Os flashs já tomam conta.

Eu ignoro para me virar e te dar a mão para que você desça.

Assim que você o faz eu laço meu braço ao seu e abro um sorriso grande, posando para as fotos e para as câmeras.

Para em seguida finalmente adentrar o evento.

É quando travo, logo após entrar no camarote.

Pois ao longe vejo Megan e Chris.

Com Cassandra e Isabella.

Delicadamente eu solto seu braço e beijo demoradamente seus lábios.

- Vamos lá? Você deve estar morrendo de saudade, não é? - Sussurro, conforme te guio até eles.

Finalmente um final feliz.

Noite agitada.

Isso que nem começou direito ainda.

Christofer apenas observava a conversa com Reed, e talvez fosse comentar alguma coisa

Se claro, não acontecesse o que aconteceu.

Apenas olhava a cena com um sorriso discreto, pensando em detalhes que realmente não importavam. Era quando ouvia a voz de Cassandra.

E quanto eu estava me acostumando a não ver fantasmas...

Sabe eu DIZER que sabia e realmente SABER, ou acreditar que SAB...

Esquece

- Um papel que me cai bem - Disse dando de ombros como realmente não se importasse. Talvez meses atras se importaria, ou se revoltaria com aquilo mas agora, realmente parecia sem grande importancia ou significado.

Ouvia o novo pedido de desculpas e inclinava a cabeça.

- Dois pedidos de desculpas seguidos? Nossa...- Dizia com certa surpresa, olhando para ela e ao redor. - Esta tudo bem, você realmente não precisa. - Comentava olhando para Megan e Izzy, sem dizer muita coisa, ouvindo o som da musica ao fundo.

- Mas obrigado por ter dito. - Concluiria olhando para a...Eu pensei presidente, mas agora fiquei confuso. Respiraria de maneira longa... Instantes antes de Izzy se "jogar" em mim.

Ouch. Ela podia jogar no time.

- Ei, cunhadinha.. Esta tudo bem, você só me deve umas... 40 horas falando com uma lapide mas vou relevar. - Sorria e acariciaria o cabelo de Izzy, como se não tivesse sido surreal o bastante até ali, ela prosseguia falando ao se afastar.

Ok, talvez ela não me devesse 40 horas realmente.

- Ouvi falar que resentimento te corrompe e você volta anos depois e virando o psicopata do semestre então...Considere-se perdoada.

Pronto. Eu não vou ficar remoendo o passado. Ja fiz isso o bastante. 40 horas de terapia gratuita.

Antes do convite entretanto a Megan, e que o próprio cerebro TERMINASSE de derreter, ele bateria discretamente uma unica palma.

- Eu...Preciso de uma bebida ou duas, mais alguém? Não? Eu ja volto. Não desapareçam...Nem você, ESPECIALMENTE você.

Diria tocando o nariz de Megan com o indicador, e daria alguns passos para resolver aquele "problema".

Era a medida que andava alguns metros e ja segurando um copo , o levantaria na direção de Pietro, apesar de ainda estar um tanto afastado.

- Finalmente! Talvez você precise de um vice, vou lhe enviar um curriculo. - Olhava para Hope, para em seguida olhar na direção de Cassie, Izzy e Megan.

- O que foi, parece que viu um fantasma. Talvez três?

Tambem precisa de uma bebida Pietro?

1 mês. 4 semanas. 30 dias.

Bastante tempo para planejar, treinar, organizar, concretizar.

Ah o conselho resolveu suspender os testes, que bacana!

Claro que o conselho, os professores e todos aqueles que fossem relevantes ainda assim receberiam correspondencias das próprias garotas, "solicitando" uma resolução para a questão envolvendo as cheerleaders que se arrastava por mais de um semestre.

Não me argumentem que "muito aconteceu". Funcionaria melhor se não tivessemos festas semanais.

Mas não era uma carta de anarquia, pelo contrário: Ashley havia perdido muitas horas de sono em seu laptop rosado, conversando com as demais cheers e estruturando o que na verdade reunia uma série de colocações, sugestões, solicitações e idéias envolvendo as lideres de torcida.

Poderiamos ter uma própria responsavel, assim como temos para esportes não?

Mesmo com o que para outros pareceria "um balde de agua fria", não foi apenas uma questão de enviar e-mails e cópias impressas do mesmo para os responsaveis (Ou até mesmo para qualquer um que tivesse o minimo interesse em ler). As crianças da ONG pareciam gostar das visitas, das aulas de ginastica ou mesmo que as garotas aparecessem apenas para contar histórias.

Não apenas isso: Mas as redes sociais tinham uma série de videos, desde os mais simples de recrutamento até das próprias garotas em suas rotinas, treinos, em momentos de descontração e promovendo ainda mais a idéia do que "era ser uma falcon".

É iniciativa que se chama?

Ah, mas ninguém quer falar disso agora, então...

Talvez "abelhinhas" tambem seja uma analogia para o fato que aquelas garotas não conseguiam ficar paradas, e Ashley andava com outras garotas do time falando descontraidamente e rapido demais para que alguem querendo montar a sua sanidade normal conseguisse acompanhar. Falavam, riam, comentavam, riam, comprimentavam, sorriam, e...riam.

Ela sorria para Liv, e assim como as 3 outras garotas com ela passariam a parabenizariam e disparariam duas duzias de perguntas até que Ashley insistisse em não "perturbarem" ela. As mesmas provocariam Reed e Theo, como um bando de adolescentes com ciumes.

Oras, e talvez algumas estivessem.

Estaria ali quando Reed chegasse e sorriria, não tomando muito tempo da presidente ja que apesar dela não saber, as demais garotas ja começavam a falar quem era o "acompanhante" dela e faziam silencio quando a mesma se aproximava de Theo.

Falando em se aproximar ela via Christofer se afastando de quem só poderia ser...

- MEGAN! - E antes que você conseguisse REAGIR Megan, ela ja tinha la abraçado com uma firmeza impressionante para alguem do tamanho dela, prontamente "embrulhada" em um vestido que só poderia ser rosa e arrumando o cabelo enquanto a olhava com mais atenção.

- Meu Deus, meu Deus é você, é você! Você...Esta chorando? Esta bem? O que houve, alguem lhe fez alguma coisa? Foi o Christofer? Alguma das garotas foi malvada com você ou... Ahn.. Ola, e você é?

A garota que não parava de fazer perguntas olhava para você Izzy. Talvez "garota" fosse uma boa definição ja que mesmo de vestido e maquiagem ela estava longe daquela aparencia "Madura" de Cassandra ou Reed, e parecia não se importar muito.

Claro que ela nem fazia idéia de quem você era. Vocês não são parecem la muito assim a primeia vista sabe?

Apenas que a melhor-melhor-melhor amiga dela de Dux estava chorando e falando com você.

Não a culpe, ela mal teve tempo de reparar na Cassandra ou teria a reconhecido, e talvez ligado o nome dela a você.

Afinal, você nem tecnicamente deveria estar viva.

Ashley - Festa

Meus dentes são bonitos demais para serem destruídos, Brine.

E eu não ligo para o grupo.

Não é que sou mal agradecido, veja bem, mas eu sei que cada um se importa mais com o próprio rabo do que com o mundo em si.

Se essa batata quente afetasse só a você, por exemplo, no máximo um quarto deles se moveria para ajudar.

Isso sendo otimista.

E hey! Te falei que eu não era o pai!

Deus abençoe Robin e seu rabo gostoso!

Além do papai do ano e o filho do anticristo.

Ocupar sua mente com ódio por mim te ajuda, é?

Bom saber... Quem sabe eu não te faço me odiar mais?

Eu não sei se vou conseguir sair desse ciclo... É um processo.

Eu não culpo você por ficar com raiva de mim.

Me culpo por ter soltado o cinto.

E ao mesmo tempo... Não me arrependo.

Sentimentos são complicados, afinal.

Se você não tivesse fugido de mim eu te ajudaria com o dossiê Amélie.

Mas você está fugindo de mim... Então se fode aí, Adam Sandler.

Então sim, vamos fingir ser normais, ao menos uma vez na vida?

Vai ser bom.

Sério.

Me dá uma chance.

Juro que não falo mais do rabo da Robin.

Fico ali, inquieto, esperando você sair logo, Sabrine.

Inquieto.

Até faço alguma piada com as meninas.

Mas tudo perde o sentido quando você aparece nas escadas.

Eu fico estático te olhando.

Porra é impossível não ficar com cara de bobo.

Sério, fico até com a boca um pouco aberta.

E é um dos raros momentos em que eu fico sem reação.

Queria saber minha reação, Sabrine?

É boquiaberto.

Mais do que admirado.

Porque você está absurdamente linda.

Você finalmente diz oi.

E eu abro um sorriso bobo.

- Você está linda... - Respondo, respirando fundo e mordendo levemente o lábio inferior - Perfeita...

Esse vestido vai ficar lindo no chão do meu quarto.

Caramba, que saudade que estou de você, Sabrine.

Por que você judia de mim assim?

Eu estendo a mão, ainda do lado de fora, como quem chama você para vir.

E espero você vir.

Não faço a mínima questão de esconder meu olhar de bobo ao te ver.

Quando você se aproxima eu levo a mão ao bolso interno do terno e retiro uma caixa verde da Tiffanys.

- Só está faltando uma coisa para complementar.... - Respondo, enquanto abro a caixa e mostro para você o colar que eu havia comprado.

Colar

Caso você tentasse tocá-lo eu fecharia a caixa, colocando o dedo no caminho, para não prender seus dedos, mas para assustar você.

Reescrevendo a clássica cena de "Uma Linda Mulher".

Cuidado com os dedos.

E só para te deixar bravinha.

- Posso? - Pergunto, pegando o colar na mão, para vestir em você.

Após eu daria o braço para você, para te guiar até o Rolls Royce.

E finalmente ir para o show.

Afinal era esse o plano, certo?