Não quero morrer!

Você sabe o que é 69, é?

Quer experimentar, Condessa?

Ele está na nossa lista de amassos, sabia?

Tem várias coisas que podemos brincar sem tirar seu selinho real.

Você levanta e sai caminhando na direção do boneco, dizendo que não liga para o fato de eu ter ficado com a latina gostosa, enquanto claramente demonstra estar puta.

E isso me dá um sorriso enorme, mesmo em meio aquele cenário de filme de terror.

Você fica tão linda com ciúmes.

Mas tão linda.

Mordo o lábio inferior, sem que você veja, afinal está toda surtada aí.

Mas você segue dizendo que não liga, enquanto caminha na direção do boneco, como se fosse só pegar um copo d'água na geladeira.

Tá maluca?!

Claro que te puxo de volta pra cama.

Vai se matar aí e estragar minhas coisas, porra.

E com certeza tem um vibrador aqui, só procurar.

Eu te deixo na cama, para então ir brincar de Tarzan no maldito varão que não quebra.

- Eu estou... Cuidando de você! - Resmungo, enquanto faço força, retornando com o varão em seguida.

Pronto, vai lá, você consegue.

Mas a Charlie logo liga, enquanto você brinca de beisebol com o boneco, provavelmente dando a pior dor de cabeça para quem tava macumbado ali.

Charlie desliga, e você então faz aquela pergunta.

- É, provavelmente... - Respondo, ao seu comentário - Mas eu sou um Kennedy, então já estou acostumado... - Dou de ombros.

Pois é, morrer sempre fez parte da minha vida, bem vinda ao meu mundo, Condessa.

Não quer perder o selinho antes de bater as botas não?

Mas então você vem falar das minhas ex.

- Quando é para me divertir, sim... - Dou de ombros.

Não é óbvio?

- E para de ser rancorosa... - Resmungo, afinal eu entendi bem o comentário - E por que isso te incomoda? Você mesmo disse que era só um contrato, que me quer por perto só quando te interessa, não é? - Pergunto, arqueando a sobrancelha.

Tá incomodada por quê? Foi o que você pediu, Condessa.

Se não aguenta a rola, não deixa ela dura.

Você então fala para gente ir para a igreja, diante da minha ideia do motel.

- Eu ia todo domingo em NY, ô língua preta... - Respondo de pronto.

E pior que ia mesmo, precisava acompanhar os Kennedys.

Ia de ressaca, ou então bebia escondido por lá mesmo.

Teve uma vez que transei com uma noviça bem gostosinha na sala do órgão.

Bons tempos.

Era quando o segurança ligava logo em seguida, falando de Selina.

E eu insisto para você escolher.

Motel ou quarto do panico.

Escolhe logo, nem é tão difícil assim.

- Pode ser... Acho que o mais importante é ficarmos juntos agora. E seguros. Eu sinceramente não confio em ninguém, só em você... - Digo, sem pensar muito.

Apesar de ser verdade.

Mas eu desvio o olhar, meio sem graça.

Aproveito para revirar outras gavetas da sua prima, contra meu instinto protetor de não fazer isso.

Vai que tem outra cabeça.

Reviro uma.

Outra.

- Ela não é minha ex namorada.... - Respondo em um resmungo, enquanto saco da gaveta da sua prima um vibrador roxo - Olha só! Ela curte coisas grandes! É de família? - Pergunto, enquanto te olho e devolvo no lugar, fechando a gaveta.

Finalmente encontrando o que eu queria, um hobby.

Rosa.

De seda.

O visto sem pensar muito, porque se eu pensasse, não estaria aqui.

E fica mais apertado que calcinha PP na bunda da Selina.

Você dispensa Selina, ao passo que fala do quarto do pânico.

Podia ser o quarto vermelho, né? Você botar seu espartilho, me amarrar e...

- Caraca, isso que eu chamo de neurose... - Comento, ao ver você abrir o espelho para o quarto - O ideal é que ninguém abra essa coisa, nem seus seguranças ou prima gulosa... - Comento, conforme te sigo e vejo você fechar a porta com dificuldade, ante a espessura do lugar.

Olho em volta, vendo os mantimentos, equipamentos... Dava para sobreviver a um apocalipse zumbi ali.

Mas nada de algemas.

Espartilhos.

Chicote.

Sem graça.

- O que acha da... Gente voltar pro banho? Tem algumas partes do seu corpo que eu quero massagear.... - Comento com uma expressão inocente.

Mais inocente que um assassino em série.

É quando vemos, pelas telas, a entrada, onde Selina passa a gritar com os seguranças.

Imediatamente eles vão se amontoando.

Até que uma garota chega por trás dela, a acalma, e a tira dali em passos apressados na direção do carro dela.

Os seguranças passam a conversar entre si.

Ao fundo da tela, você vê a garota de cabelos curtos, a ZBZ que você havia feito uma lingerie, Condessa, aplicar uma injeção no pescoço de Selina e a jogá-la para dentro do carro.

Literalmente.

Saindo apressada logo em seguida.