A Bela filha a Casa torna...

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Mensagem  Charlie Andess Ter 21 Dez 2021, 17:06

Eu nem sei como conseguia executar tantas tarefas juntas, óbvio que a tecnologia me ajudava.
 
Além de contar com a ajuda de Paige Moreau e Glenn. Glenn certamente saberia multiplicar aquela apelo.
 
Logo eu apanhava meu celular e entrava ao banco, tirava um print da tela, e então encaminhava a um certo whatss app e mandava uma mensagem de voz.
 
“- Neela, eu sei que me pediu descrição, mas eu estou desesperada. Programei 1 milhão de dólares na sua conta, eu vou te enviar o triplo se você me mandar qualquer informação que consiga. Eu estou te enviando tudo que sabemos até agora. Eu preciso de proteção, preciso de informações, e preciso também de uma forma de atacar. Eu estou cansada de perde, Neela. Sequestraram o Louis e meu filho.”
 
Desligo e então finalmente o sinal de GPS do OIiver parece me dar uma luz.
 
Ou seria uma escuridão?...
 
Arregalo os olhos ao notar que a GPS indicava. A floresta em frente minha residência.
 
Onde...tudo começou.
 
Fazia tempo que eu não ia la´, visto que eu e Louis dividíamos o apartamento dele.
 
Eu suspiro fundo e olho para o lado, como se encarasse alguém.
 
Fico em silencio, algum tempo, enquanto passo a manobrar o carro, que já estava quase na rua da Mansão dos Kurts.
 
- Obrigada Richard.
 
E então eu passo a acelerar o veiculo, tomando os atalhos necessários para chegar a área mais florestal de Cambridge. Onde por algum motivo maluco, meus antepassados resolveram construir uma casa e meus pais morarem ali.
É quando eu recebo uma chamada de voz de Paige.
 
- Não posso agora....
 
Digo, já desligando ela a tempo de ouvir os gritos dela.
 
E então eu passo a minha localização para o grupo e para Sofia e mando uma mensagem de voz para Sofia.
 
- O GPS de Oliver deu na Floresta em frente minha casa, Sofia. Eu estou indo para lá. Proteja Brigitte e Tim, eles são inocentes ainda, eu estou ligando para a Condessa, ela e Selina estão envolvidas, ainda não sei como, mas as iniciais dizem isto. Dê um jeito de achar Selina. Precisamos nos proteger. Mas acima de tudo, eu preciso achar meu filho.
 
Desligo e acelero o carro, já buscando a estrada que daria em minha residência.
 
Eu vou parar o carro já na entrada enquanto desço do mesmo. Quando faço isto, noto que não tenho nada para me defender. Suspiro fundo e então abro o porta malas, pegando uma chave inglesa ali da mala de ferramentas do carro, coloco meu bisturi no bolso do meu uniforme médico.
 
E então ligo a lanterna, entrando na floresta para buscar a pulseira de Oliver.
 
E se eu tenho medo de ser consumida por ela novamente?
 
Obvio.
 
A ultima vez que entrei aqui, quase fiquei, se não fosse Louis.
 
Mas Louis não está aqui, e acima disto Louis depende de mim.
 
Assim como eu dependi dele um dia aqui.
 
O Inferno inverte papeis, nunca o castigo.
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Mensagem  Apoio Mestre Qua 22 Dez 2021, 11:20

Traumas são... Difíceis de se lidar.

Por exemplo, uma pessoa que sofre um ataque de tubarão, e sobrevive para contar a história, cria uma fobia terrível do mar.

As vezes até uma simples piscina pode ser assustadora.

Mas aqui está você, Charlie, depois de sofrer o ataque de um tubarão... Se jogando no mar novamente.

Você não cansa de me impressionar?

Equipada com o que tinha em mãos, uma chave de rodas, lanterna e um bisturi... Você avança.

Cada passada é um martírio.

Seu corpo gela.

Com um medo abissal.

Suas mãos tremem ao empunhar a lanterna, fazendo o feixe de luz oscilar a sua frente.

As folhas secas rasgam abaixo do seu pé... Mas a floresta, a sua frente, não era a que você temia.

Era o bosque pequeno, que você brincou tantas vezes, quando criança.

Você avança mais.

Mais.

E sua lanterna começa a piscar.

E então você assiste, Charlie, a realidade se alterar.

Bem diante dos seus olhos.

Não era como da outra vez em que o cenário se alterava lentamente.

Agora era agressivo.

O chão abaixo de você tornava-se escurecido.

As folhagens vívidas da primavera ficavam escuras e sem vida.

Uma forte névoa cobria tudo.

E um frio agressivo tomava seus sentidos.

Você estava de volta em casa, não é?

Sentiu saudades?

A sua frente, havia o milharal morto.

Com o velho espantalho repousando sobre as estacas de madeira.

O rosto de um homem gordo, já em decomposição avançada, com longos cabelos brancos, já todo falhado e sujo.

A camisa xadrez preta e cinza, velha e cheia de rasgos, com palhas saindo por todos os lados.

As mãos, humanas, já esqueléticas e cheia de palha enfiada na pele que ainda resistia em alguns pontos.

As pernas grossas, com um jeans velho, seguro por uma corda, com palha e manchas de sangue por todos os lados.

Porém, quando você o olha, ele ergue a cabeça, Charlie.

E você ouve uma risada grave.

Assustadora.

Ele ria para você, Charlie.

Pela primeira vez... Ele tinha vida.

Ao piscar, ele desaparece.

E um movimento periférico chama sua atenção.

Você mira com a lanterna ali, e vê o espantalho, sobre as árvores, gigantesco... Com cerca de quatro metros ou mais de altura.

Ele vira a cabeça para você, a risada ganha volume.... E quando você pisca, ele desaparece novamente.

Desesperada, você o procura novamente.

E o vê novamente a sua frente, sobre o barracão velho que ficava a sua frente, um pouco distante.

Ele estava ainda maior, Charlie, com uns dez metros de altura.

Rindo mais.

E movendo a cabeça de modo afirmativo.

Para então desaparecer novamente.

E então aparecer a sua direita.

Imenso.

Um gigante.

Um titã maligno que avança na sua direção.

A cabeça dele ocupava todo o céu.

E ele tentava engolir você.

Você vai ao chão, assustada... E ele desaparece novamente.

A risada ainda ecoa em seus ouvidos, mas você o vê novamente sobre as estacas.

Como sempre foi.

Sem se mover.

Como se fosse sua mente... Lhe pregando peças.

Você ainda pode voltar, Charlie, o que acha?

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Mensagem  Charlie Andess Qua 22 Dez 2021, 11:57

Traumas? Ou culpas?
 
Será que realmente tudo isto estaria acontecendo se eu não tivesse pego o maldito livro?
 
Fato é que. Nem por um segundo eu mudaria alguma coisa.
 
Eu ainda sou egoísta e para conhecer Louis e viver nossa história eu faria tudo e tudo de novo.
 
E enquanto avanço pela floresta...Eu penso que eu posso ser a verdadeira engrenagem deste mecanismo cruel e mortal.
 
Como um efeito borboleta. Enquanto eu não mudar minha atitude, ela vai continuar destruindo tudo e todos a meu redor.
 
Abrir mão de Louis e Oliver pode ser a verdadeira salvação.
 
Minha culpa me distrai e acima disto, ela me faz mais forte, por mais louco que seja pensar nisto.
 
Eu me culpo por todos que morreram e pelos que ainda vão morrer.
 
Mas eu jamais abriria mão de Louis e Oliver.
 
Que tipo de pessoa faz isto? Como podem me achar boa? Como Louis pode me ver como uma heroína ou como alguém de bom coração?
 
Eu devo ser o verdadeiro demônio por trás de tudo.
 
E talvez eu crie uma realidade paralela e arraste todos para dentro dela.
 
E por isto estou sendo jogada novamente no ponto de partida.
 
Mas sozinha agora.
 
Como eu deveria ficar.
 
E eu luto e luto com todas as forças contra este destino.
 
Aperto a chave de rodas na mão e mantenho a lanterna erguida. Iluminando meu caminho, avanço enquanto deixo a ligação para Damien completar.
 
Eu vou caminhando mais rápido que consigo enquanto despejo tudo aquilo nele.
 
Paro para desligar o celular, e fico em silencio imóvel alguns instantes.
 
Eu nem sequer lembro o que disse para Damien.
 
Mas logo eu aciono minha localização para Sofia.
 
E sigo em frente, o frio já começa a tomar conta, a medida que neblina fica mais densa.
 
Eu conheço aquele lugar como a palma da minha mão, e a sensação é como se nunca tivesse estado lá.
 
Era horrível.
 
Tento manter as mãos firme, sem ficarem tremulas, mas é impossível, eu vou avançando, e a medida que avanço, as sombras parecem me encobrir e eu pareço diminuir.
 
Diminuir.
 
A cada passo, os sapatos que vesti no HU não pareciam me proteger do frio, tão pouco o uniforme verde de tecido tão fino.
 
Eu continuo avançando e a lanterna pisca.
 
O frio se torna ainda mais cruel.
 
E eu sei exatamente que estou avançando, que estou passando aquela linha tênue.
 
Que separa a pureza e inocência da garotinha que brincava no bosque rindo sem temer nada, do meu pior pesadelo, quando me tornei adulta, quando carreguei o peso do mundo nas costas e descobri que bichos papões e monstros existem, e que eles habitavam o quintal da minha casa.
 
Mas nada me para, eu avanço, e os passos ficam mais firmes, como se aquilo me desse algum tipo.
 
De força.
 
E então começa.
 
Eu abro mais os olhos, e vejo como o cenário se altera, mas de um modo brusco, praticamente como se a neblina mais densa tomasse tudo e me tragasse para aquela nova realidade.
 
Ou para a verdadeira realidade.
 
Vai saber se não vivemos em algum tipo de sonho e a realidade correta seja este Inferno do qual tanto fugimos?
 
Seria muito mais fácil acreditar que nossos sonhos e ilusões criaram vidas felizes para não enfrentar a verdade do mundo, a maldade que estão nos seres humanos.
 
Que são os que convocam o mal em todas as realidades possíveis para satisfazer seus desejos estúpidos.
 
Abaixo a lanterna para ver o chão, e não tenho mais aquele verde da floresta, está tudo escuro.
 
Quando levanto a lanterna, lá está.
 
O milharal.
 
Meu coração acelera, meu peito chega a subir e descer, enquanto eu me esforço para segurar a lanterna, a mão que segura a chave treme tanto que a derruba.
 
Eu abaixo estendo a mão pelo chão, buscando encontra-la, enquanto volto o rosto ao milharam, com receio de que algo me ataque.
 
E então o encontro.
 
Ele está lá e desta vez Louis não está comigo.
 
Eu estou sozinha.
 
Meu coração acelera tanto, que eu chego a ficar com falta de ar.
 
Ele continuava o mesmo, havia...uma pessoa abaixo disto tudo.
 
O que foi uma pessoa um dia.
 
Lembro como Louis ficou assustado, e lembro como me abraçou após isto.
 
Como me senti confortável.
 
Como me senti segura.
 
E meu peito chega a doer com a falta desta sensação.
 
Charlie, Charlie, você está sozinha.
Olho a volta em busca de Richard, mas é em vão.
 
Não é minha mente que controla este lugar.
 
Eu não dito as regras, Richard não tem espaço.
 
Não tenho valvula de escape.
 
E no momento que apanho a chave inglesa novamente, vejo que o espantalho ergue a cabeça.
 
Eu dou um grito e recuo, buscando jogar a luz para o rosto dele.
 
Ele, ri e eu vou recuando, recuando de modo desesperado, enquanto a mão da lanterna treme tanto que eu não consigo focar.
 
A luz não me salva.
 
O que vai me salvar?
 
Não é como antes.
 
É pior, e vai ser cada vez pior.
 
A risada dele parece entrar meus ouvidos e fazer meu corpo todo reagir, arrepiando, se encolhendo.
 
Está difícil respirar agora, dá para ouvir meu peito chiando.
 
Ele criou vida....
 
Eu dei vida para ele?
 
E então ele desaparece, eu giro o corpo, tentando busca-lo com a lanterna, e então sinto o movimento, viro o corpo com tudo, buscando iluminar sobre as arvores.
 
E ele está.
 
Maior.
 
- Meu Deus....
 
Eu digo, enquanto recuo ainda mais, sem acreditar naquilo, a chave cai novamente, e desta vez minha mão livre, começa a afastar as folhas de perto de mim, enquanto tento recuar.
 
Ele ri daquele modo, e as lagrimas já tomam meu rosto.
 
E não são de medo.
 
São de desespero.
 
O medo não consegue encontrar espaço, na forma como eu estou desesperada.
 
Meus lábios estão molhados de saliva, meus nariz chega a escorrer, tamanho o frio, e o esforço que preciso fazer para respirar.
 
Eu vou girando o corpo, tentando iluminar qualquer coisa, enquanto afasto as folhas com violência de perto de mim, como se não quisesse que elas me tocassem.
 
E então ilumino o barracão, e la esta ele.
 
Ainda maior.
 
- Pare!...
 
Digo, em desespero enquanto ele move a cabeça daquele modo, eu vou recuando, recuando, até cair no chão.
 
Eu tento manter a lanterna firme na minha mão, mas não consigo mais girar o copo, viro o braço como posso tentando iluminar, e é quando o vejo novamente.
 
Ele está enorme, e desta vez a lanterna cai a medida que eu apoio as mãos no chão, para puxar a terra e jogar o corpo para trás, me arrastando como posso para me afastar dele.
 
A medida que ele avança, eu grito, e me encolho, erguendo os braços por cima da cabeça, enquanto ele me engole.
 
Eu me encolho, grito, me contorço, passo as mãos aos cabelos, batendo elas na cabeça, no corpo, como se tentasse afastar algo.
 
E quando paro, ergo o rosto, e encaro o espantalho onde sempre esteve.
 
Meus olhos estão marejados, com as pupilas dilatadas pelo pavor. Os cabelos completamente bagunçados, já se perdem as flores entre o sangue e os nós dos fios finos. Minhas roupas estão sujas de folha e terra, e minhas unhas completamente quebradas, alguns dedos chegam a sangrar, pela violência com que me arrastei.
 
Eu fico ali sentada, sem conseguir respirar, nem sei quanto tempo, até me arrastar para apanhar a lanterna.
 
Ergo meu corpo, ainda cambaleando, olhando o espantalho.
 
E então passo a iluminar procurando a chave.
 
Embora.
 
Eu não preciso dela.
 
Porque diabos acho que algo assim vai me ajudar?
Suspiro fundo e tento me recompor como posso, pego o celular, e passo a transmitir agora, para o grupo, filmando a tudo a minha volta.
 
Eu não digo nada.
 
Eu apenas avanço, mantendo o celular filmando tudo e agora a lanterna.
 
Porque.
Minha mente pode pregar peças.
 
Mas e a tecnologia?
 
Ela vai me ajudar?
 
Será que o que vejo a minha frente é o mesmo que verei na tela?.
 
- Sofia, eu sei que está me ouvindo. Eu preciso que você me diga o que realmente está acontecendo na minha frente. Minha mente está me traindo, então eu preciso da sua. Declare exatamente o que está vendo enquanto eu avanço, não importa o quanto eu grite ou pareça desesperada. Eu estou cega, você é minha guia.
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A Bela filha a Casa torna... Empty Re: A Bela filha a Casa torna...

Mensagem  Sofia Ortega Qua 22 Dez 2021, 16:53

POST DA SOFIA DA MANSÃO KURT

Mandou mensagem para uma das médicas que era amiga de Charlie, dizendo que estava levando o Kurt mais velho para o HU.
Quando o motor da limusine foi ligado ela ouvia a ligação de Charlie desesperada.

- Santo Deus, loira... Onde você está!? – Perguntou olhando para a tela, era visível estava atordoada, mas se Charlie ia precisar de uma ancora, e a escolheu, precisava fazer jus.

Lembrou que a garota foi pra floresta onde tudo começou, do lado da mansão dela.

Odiava aquele lugar com toda sua força.

Se Oliver foi levado pra lá, teria alguma ligação com aquilo do passado? Não podia ser, era demais para um dia.

- Ok, eu te ajudo, pode seguir, mas... Se cuida, preciso de você viva, tenho que ser madrinha do seu casamento esqueceu?! Estamos indo pro HU, e Charlie, Simon quando apagou disse que ouviu um homem e uma mulher com Louis, se eu consegui entender o que está havendo, destruí o boneco do Louis... O do Simon ainda tá por aí. – Tentou conversar para manter ela com a mente ocupada com o que pudesse estar vendo, e assim que visse algo estranho avisaria a amiga.
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A Bela filha a Casa torna... Empty Re: A Bela filha a Casa torna...

Mensagem  Apoio Mestre Qui 23 Dez 2021, 11:24

O sinal oscilava bastante, Sofia.

Você recebia a localização, e claro, conhecia bem o lugar.

Contudo, a ligação vez ou outra freezava. E você ouvia muito, muito chiados.

Depois daquela aparição, Charlie, você reunia todas as forças que tinha e se apoiava em Sofia para seguir.

Mesmo sabendo o quão frágil era aquele elo, afinal você mesmo notava o quanto a ligação oscilava.

Sofia conseguia ver tudo em qualidade bem ruim, como se a internet estivesse lenta... Mas conseguia distinguir o milharal morto, com aquela densa neblina, e uma figura embaçada do que seria o espantalho.

Seguir pelo milharal era difícil.

Toda aquela vegetação seca e sem vida... Era repleta de insetos e animais peçonhentos.

E você os via, Charlie.

Via um escorpião brilhando no escuro, afastando-se de você.

Uma cobra que afastava-se rápido conforme você se aproximava.

E insistia em seguir.

Finalmente você chegava até o antigo casarão, passando pelas diversas lápides antigas e quebradas.

Que você conhecia bem, não é?

Com a lanterna cada vez mais oscilante, e o sinal seguindo na mesma toada... Você avançava, Charlie.

E finalmente entrava na sala, após subir o pequeno lance de escadas.

Aquela sala ampla e velha.

Mas ela estava diferente.

Na madeira velha estava gravado um círculo, que brilhava em um tom verde vívido. Tudo naquela casa era sem cor... Sem vida.

Mas aquele verde era muito intenso e brilhante, emitindo uma luz fantasmagórica.

O circulo exibia diversas runas e entalhes.

E dentro do círculo... Estava um jovem, sentado em uma cadeira de balanço.

Os cabelos castanhos, que ele sempre cultivou com tanto esmero, estavam bagunçados e sujos.

O rosto de traços tão bonitos, de quem era insanamente apaixonado por você, Charlie, estava maculado de sujeira e uma magreza doentia.

Os olhos estavam bem fundos e marcados, com o azul pálido e sem vida.

Seu corpo, nu, demarcava cada osso e músculo na pele pálida e cadavérica... Doentia.

Curvado, sobre seu colo, havia um livro.

Mas não um livro qualquer.

O livro.

E, diferente da última vez, em que uma jovem albina o seguia... Hoje a albina repousava sobre seus ombros, montada sobre ele.

O deixando curvado com seu peso.

Mas, diferente dele, ela parecia diferente... Seus cabelos, outrora sujos e desgrenhados, estavam limpos e brilhantes.

Sua pele suja e doente... Agora tinha um tom mais bonito, como uma cara porcelana.

Os pés, antes sujos e machucados, agora eram delicados, e envolviam o pescoço dele como uma amante carinhosa faria.

E ela sorria, Charlie, lendo o livro com ele.

Até que eles te notam.

O jovem ergue o olhar, enfraquecido... E te olha de modo distante.

Como se não conseguisse te ver.

E sussurra, com uma voz baixa, bem rouca... De uma garganta ressecada.

- Char.... lie..

A albina, por sua vez, ergue o olhar para você e sorri amigavelmente, como se recepcionasse uma velha amiga.

E faz um gesto com a mão, para que você se aproxime.

Você via tudo, Sofia, em uma qualidade péssima, com a imagem travando.

E era quando a Albina fazia aquele gesto que a ligação caía.

Lembra de mim?
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Mensagem  Charlie Andess Qui 23 Dez 2021, 13:51

- Estou em casa...
 
Respondo em um tom sem emoção, enquanto arrumo a câmera para que Sofia consiga ver o melhor possível o caminho.
 
Sofia fala algumas coisas que eu sei que ela fala para me acalmar, e para se acalmar também, mas no momento tudo que eu faço é ignorar. E então ela passa a me das informações. Eu suspiro fundo., e fecho os olhos, parando por um tempo.
 
- Sofia...Tem alguém na ZBZ e possivelmente na Omega articulando todos estes crimes. Eu preciso que você vá para a ZBZ, peça para todas as garotas voltarem, diga que tem uma reunião de emergência para passar recados individuais. Preste bastante atenção no que vou te falar, eu não entendo muito, entendo pouco, mas Paige me disse que eu poderia usar isto um dia. Entre na minha sala na biblioteca, coloque pó de tijolo na porta. Cubra com o tapete, e chame as ZBZs uma a uma para a conversa, invente alguma coisa, diga que com Louis desaparecido eu ficarei fora um tempo, você vai cuidar de tudo para todas ficarem bem. Quem não conseguir entrar na sala Sofia, é quem procuramos. O Pó de tijolo vai repelir seus inimigos. Te mandei o contato de Neela.
 
Continuo avançando conforme passo as instruções Sofia. E por mais ruim que esteja, ela certamente deve entender.
 
Eu sei que quanto mais avanço milharal adentro, mais ruim fica o sinal, mas nada me para.
 
- Não reaja frente a pessoa, Sofia. Seja sábia.
 
Digo, enquanto ainda avanço, ignorando o frio, que me faz me encolher, não posso abraçar meu corpo, uma mão tem que segurar o celular firme e a outra a lanterna.
 
Eu avanço, ignorando os insetos, sei que alguns me picam, sei que me arranho naquela vegetação, mas eu avanço, em meio a gemidos, em meio a meu desespero.
 
E então já avisto o casarão, para por um instante o encarando. E por um momento não consigo seguir, meu corpo todo trava.
 
Eu ilumino as lapides.
 
E levo uma mão ao rosto encobrindo o mesmo, segurando qualquer choro, qualquer fraqueza.
 
- Eu preciso.
 
Digo com uma voz muito baixa, enquanto passo a seguir em frente, afastando a mão do rosto.
 
Encontro as escadas e vejo como elas parecem cada vez mais podres. Mas sigo pelas mesmas, ouvindo o ranger delas ao menor peso que coloco sobre.
 
E então estou a sala, a ampla e velha sala, eu passo a iluminar a mesma. E paro antes que meus pés toquem o circulo, ilumino o circulo, deixando que Sofia também veja.
 
Se...ela ainda estiver ali.
 
O circulo reluzia diante dos meus olhos, ele roubava toda a atenção, ele parecia viver onde todo o resto estava morto.
 
Ele chegava a emitir luz. E isto me fazia recuar um passo, era tudo muito rápido.
 
Via as runas.
 
Esperava que Sofia estivesse gravando, que pudesse mandar isto para a Neela, que já tinha a conta recheada com um bom adiantamento.
 
E então eu vejo o jovem.
 
Eu tenho um sobressalto e abro mais os olhos, deixando a lanterna mostra-lo para mim.
 
Eu ergo a lanterna e quando ilumino o rosto, eu seguro um grito, levo a mão suja pela terra, tomada de arranhões contra os lábios, e meus olhos exprimem tudo que eu queria gritar.
 
Eu baixo a lanterna e posso ver o livro ao colo dele.
 
E é neste instante que minha mão começa a tremer muito, eu preciso me esforçar para a lanterna não cair.
 
E então quando vejo o delicado pé sobre o peito de Matt, eu passo a erguer a lanterna e ilumino.
 
Ela.
 
Ela estava sobre Matt. Aos ombros dele, e estava perfeita.
 
Estava linda, com os cabelos brancos reluzindo, com toda as características que faziam única e rara gritando.
 
Eles pareciam ler o livro juntos.
 
E para mim era obvio, ela se alimentava da vida dele.
 
Como. Eu não sabia.
 
O livro?
 
Mas logo eles me notam e Matt parece ser o primeiro, ele parece ter que se esforçar para me olhar.
 
Mas ele me reconhece, e então eu ergo a lanterna e jogo a luz para a garota, que não parece se assustar.
 
Ou ficar hostil.


- Sofia, ligue no hospital de Patheshire, verifique se o Matt verdadeiro está lá.
 
Ela pede que eu me aproxime, e eu a encaro em silencio.
 
E eu ficaria muito mais aliviada, se ela demonstrasse pavor e hostilidade.
A forma como ela se porta a vontade.
 
Como me chama.
 
Só me diz, que ela esta segura que eu não posso fazer nada para prejudica-la.
 
E isto só acende minha cautela.
 
E então ela me faz aquela pergunta, eu ainda não sai do lugar, mas minha mão finalmente parou de tremer um pouco.
 
Eu suspiro fundo e finalmente pergunto.
 
- Onde está meu filho?...
 
De início, eu não demonstro intenção nenhuma sobre o livro, sobre o circulo, sobre Matt.
 
Eu só pareço querer saber de Oliver.
 
E por um momento me pergunto qual minha ligação com o livro?
 
Visto que por um momento eu não me sinto desejo por ele.
 
A pergunta é.
 
Porque eu quero?
 
Porque ela quer?
 
Porque eles querem?
 
Abaixo de leve o olhar encarando o circulo, tentando entender do que ele é feito, mas logo o retorno a ela.
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A Bela filha a Casa torna... Empty Re: A Bela filha a Casa torna...

Mensagem  Apoio Mestre Sex 24 Dez 2021, 13:01

Charlie, a garota te olhava como se você fosse sua velha amiga.

E, bom, você era, não é mesmo?

Já o rapaz erguia-se com dificuldade, suportando o peso da garota sobre os ombros.

Totalmente curvado.

Você a encara, e ela te chama novamente com a mão, de modo delicado.

Logo você pergunta de Oliver, e ele parece tomar um soco.

Até se encolhe mais, levando as mãos ao rosto.

- Filhos da puta... - Ele dizia, com aquela voz totalmente ressecada, como quem não vê água há muito tempo - Eles... Eles me enganaram.... - Ele então tentava andar e caía no chão, com o peso da garota lhe tirando o equilíbrio. De modo ágil a garota saltava das costas dele, até com certa graça, e começava a bater nele.

Com o mesmo sorriso que ela deu para você, Charlie.

Ela lhe dava repetidos chutes no corpo.

E ele se encolhia cada vez mais.

Abrindo ainda mais o sorriso, ela se agachava ao lado dele, e apanhava sua bolsa escrotal.

E passava a girar os testículos dele pro lado.

Ele urrava de dor, mas de modo desesperado, ajoelhava-se no chão, o que interrompia o ataque dela.

Imediatamente ela salta sobre o pescoço dele novamente, com a mesma graça que ela saltou, para evitar a queda.

Ele nem tenta se levantar, apenas fica ali, ajoelhado, com as mãos no chão.

Lágrimas escorrendo pelo rosto.

Enquanto a garota abria um sorriso muito satisfeito agora, afinal, havia conseguido o que queria.

- eles.... - Ele começava, com mais dificuldade - Prometeram.... Me livrar dela, Charlie... No começo... Era tão bom estar com ela... Mas depois, ela começou... A me atormentar. Eu não conseguia me livrar mais do livro, não importava para quem o entregasse... Ela só queria a mim... Eu lhe dei liberdade, não é? Eu só... Queria voltar... Para você... - Ele limpava o rosto com as costas da mão, e com muita dificuldade se erguia, chegando a apoiar-se em uma parede invisível e esverdeada, transparente e iluminada, que surgia, quanto ele ia além do círculo.

- Mas... Você teve um filho daquele imbecil! - Ele dizia, com claro ódio nos olhos - E casou com ele! Eu... - Ele baixava a cabeça, ainda apoiando os braços naquela parede - Eles me prometeram... Que Louis morreria... E que não machucariam seu filho, só precisavam do sangue dele... Eu poderia conseguir isso com o livro, entende? Isso não era nada para mim, mas... Eles me prometeram... Me livrar dela... E fazer você, todos vocês... Esquecerem tudo o que houve... - Ele fungava e passava a mão pelos cabelos - Eu controlei várias pessoas... Para eles conseguirem o que desejavam, sem mim eles nunca teriam conseguido... E ao invés de me dar o que prometeram... Eles me prenderam aqui, com ela... Estão a deixando cada vez mais forte... Sugando minha vida, minha alma... É uma experiência, para eles....Desgraçados!! - Ele gritava, e a garota dava um tapa no rosto dele, como se isso a incomodasse.

Ele se encolhia.

E passava a chorar copiosamente.

- Se você... Entrar aqui dentro... - Ele erguia o olhar, cheio de esperança - Eu... Eu te conto onde o Oliver está... Vem, entra... Fica aqui comigo... por favor - Ele suplicava, tentando estender as mãos para você.

Era quando um choro de criança tomava o ambiente, Charlie.

E ele gritava - Não!! NÃO!! Charlie, entra aqui!! ENTRA AQUI!!! - Ele começava a gritar, batendo nas paredes de pura energia.

O que fazia a albina reagir novamente, o estapeando, enfiando o indicador no olho dele em seguida.

O choro vinha do andar de cima, Charlie.
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A Bela filha a Casa torna... Empty Re: A Bela filha a Casa torna...

Mensagem  Charlie Andess Sex 24 Dez 2021, 14:50

Não somente uma velha “amiga”.
 
Uma velha companheira que agora não era mais capaz de assumir o controle.
 
E por mais que parecesse ter ficado no passado, nem mesmo um único dia eu deixei de me culpar.
 
Por pegar o livro, eu havia começado aquilo tudo, não?
 
E bem não vou me repetir, por mais que Louis diga eu não sou culpada, eu sei que sou.
 
Matt então erguia-se, o que me fazia recuar um passo, exatamente por não saber ainda o tanto que o círculo iria limita-lo.
 
A garota me chama com a mão, mas eu não me aproximo e pergunto de Oliver, deixando claro que ele é o motivo de eu estar ali.
 
E então Matt reage, leva as mãos ao rosto, se encolhe mais o que faz eu direcionar os olhos a ele, ele xinga, e eu mantenho os olhos a ele, lhe dando atenção, ele podia falar.
 
Ele queria, não?
 
Era nítido.
 
E então ele se diz enganado, e logo ele cai ao chão, a garota sair de cima das costas dele, e logo começa a bater nele.
 
Eu não entendo ainda o porquê, mas não intervenho.
 
Por mais que isto seja, desumano.
 
Oliver estava cima de tudo, e todos meus pensamentos e atitudes seriam para ele e por ele.
 
Do restante, eu seria espectadora, apenas.
 
Fico em silencio, ainda em pé em frente ao circulo, os olhos baixo encarando Matt gemer de dor, enquanto ela o tortura, de um modo bem eficiente.
 
Visto que ele urrava de dor.
 
Eu não me movia.
 
Eu me concentrava para deixar de lado todas as boas lembranças que tinha com meu melhor amigo, visto que aquele não era. Aquele era a pessoa que se passou por ele, que enganou todos, e que desapareceu, se não matou, meus melhores amigos de verdade.
 
Inclusive o irmão gêmeo dele.
 
O verdadeiro, Matt.
 
Eu não tenho lembrança alguma por ele, não tenho porque ter compaixão, tão pouco crueldade, eu apenas assistia ele urrar de dor, como já assisti alguns pacientes.
 
E as vezes...Não temos que fazer nada, só esperar.
 
E então ele se ajoelhava e a garota subia novamente nos ombros dele, tendo o que queria e por tal parando de tortura-lo.
 
Via o esforço que ele fazia para se manter ali, com a garota em cima dele, e então ele passava a explicar.
 
A promessa.
 
E como estar com ela era bom e depois se tornou um martírio.
 
E era exatamente isto que teria acontecido comigo se eu não tivesse devolvido o livro a tempo.
 
Eu mantenho os claros olhos aos dele, e fico imóvel, em silencio absoluto ouvindo todo o relato dele.
 
Ele explica que não conseguia se livrar do livro, e o relato dele o aprisionava de uma forma que me libertava. De um modo que eu não tenho tempo para sentir no momento.
 
Mas a culpa era de Matt, eu havia devolvido o livro, eu havia interrompido o ciclo. Ele pegou o livro, ele iniciou o Inferno.
 
E então ele passa a se mostrar doentio em suas vontades, revelando aquela obsessão. Que era uma surpresa. Eu sabia sim que o Matt de verdade tinha se apaixonado por mim, e desenvolvido aquele amor platônico, mas não que seu gêmeo do mau o havia assumido, ou absorvido este sentimento de alguma forma, louca.
 
Eu mal conseguia lembrar quando a troca ocorreu, ele interpetrou tão bem.
 
E interpretou tão bem, porque sentia.
 
Ele também sentia.
 
E por isto conseguiu me enganar, e enganar a todos. Dividia a mesma loucura.
 
E então quando ele se erguia e se apoiava, eu via que algo o impedia.
 
E agora eu tinha certeza ele estava preso no circulo.
 
E pela primeira vez desde que cheguei naquele lugar eu tenho um sobressalto, quando ele ofende Louis, eu dou um passo a frente, mas logo recuo.
 
Me controlando.
 
Eu precisava saber tudo, ele estava disposto a falar, ele precisava falar.
 
Estava desesperado.
 
E então ele explica, que haviam lhe prometido. Matar Louis, e usar o sangue de Oliver, ele explica porque não conseguiu isto com o livro, porque haviam lhe prometido livra-lo do controle da albina.
 
E finalmente eu consigo entender como conseguiram fazer tudo que fizeram em Duxhill, na ZBZ e principalmente na festa cheia de seguranças da Condessa. Matt os estava controlando.
 
Ele explica que era uma experiencia, e eu havia concluído certo, ela sugava a vida dele, e ele não podia sair do circulo. Eu abaixo o rosto e encaro o circulo, e logo encaro a garota.
 
Porque ela não me acha uma ameaça, porque ela não acha que eu posso liberta-lo?
 
Por tudo que ele me fez? Ela sabe mais? Ela tem mais do que aquela circulo.
 
Logo Matt tomava o tapa ao rosto, e passava a chorar.
 
E então ele me chamava para entrar no circulo, que me contaria onde Oliver estava, implorava para que eu entrasse.
 
E eu olhava a volta, analisando minhas escolhas, a pior dela seria entrar no circulo.
 
Mas então vinha o choro de criança, que me fazia recuar de imediato, e ouvir os gritos de desespero dele, e ver ele tentar sair do circulo, só confirmava que eu jamais devia entrar la.
 
Mas o faria, por Oliver. Por Louis.
 
Eles sabem disto, quem não sabe?
 
Eu não falo com eles, eu não faço nada que pudesse interferir no que acontecia ali, como uma espectadora, eu ouvi tudo, peguei as informações, absorvi.
 
E se pensei por um segundo em ajudar.
Ou melhorar a situação dele.
 
Tudo se esvaiu ao ouvir o choro de criança.
Não de uma criança qualquer.
Oliver.
Eu reconheceria ele em qualquer momento, em qualquer distância.
Eu olho na direção das escadas e vejo Richard ali apontando com a mão para que eu subisse.
 
Sem pensar eu recuo e subo as escadas correndo.
 
- Oliver!
 
Eu grito, e de imediato corro na direção de onde o grito vem.
 
Obvio que eu me coloco em alerta, sei que os círculos limitam e controlam o que acontece dentro deles.
 
Eu jamais seria impulsiva a ponto de fazer Oliver e Louis perderam a chance que tem de saírem vivos disto.
 
Eu!
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A Bela filha a Casa torna... Empty Re: A Bela filha a Casa torna...

Mensagem  Sofia Ortega Sex 24 Dez 2021, 22:59



Não estavam em um país subdesenvolvido com recursos precários, e potência de sinal deplorável, mas a merda do sinal da operadora do seu celular oscilava demais, ou talvez fosse o local onde Charlie estivesse, a maior parte dela acabava crendo que era culpa da floresta de cogumelos malditos.

Neste pouco tempo ela dava uma instrução clara de que Sofia deveria cuidar da ZBZ por hora, e descobrir quem era o traidor, ou no caso das abelhas, a traidora, explicou como faria para conseguir esta informação e isso lhe deixava apreensiva visto que precisaria deixar Simon, Lionel e Hannah sozinhos no HU.

Acabaria colocando Timothy e Brigitte para vigiar os três amigos.

Assim poderia fazer o que Charlotte pediu.

Parecia estar naqueles filmes de ação e mistério em que a mocinha principal ligava para alguém aleatório e o sinal do celular era cortado por forças ocultas, ou por ela TER SE ENFIADO NA PORRA DE UM MATO MALDITO, CHARLOTTE e sozinha, além do mais ajudava muito ela precisar estar com o herdeiro dos KURT dopado e vendo unicórnios malditos cantando algo em francês.

- Um milharal, neblina, a droga do espantalho... Um milharal, neblina, a droga do espantalho... – E repetiria isso até que as cenas mudassem, já que ela não conseguia falar de forma distinta e clara, então guiaria a amiga por palavras curtas, e com o tom de voz seguro, sem susto, ou gritos.

Gritaria sim, quando fosse para ela correr.

- Escorpião, cobra fugindo... Escorpião, cobra fugindo...
– Novamente falava com ela, com um tom de alerta, mas quando percebia que as criaturas peçonhentas se afastavam de Charlie, ela tornava a controlar o tom de voz, calma de novo.

- Escada, sala... Espera... – Tentava focar os olhos nos detalhes, depois na cena toda.

- Círculo verde vivido, na sala. Círculo verde vivido, na sala. – Repetiria sempre que preciso, quando percebesse que a outra não entendia.

- Rapaz, cadeira de rodas, livro, garota nos ombros... Rapaz, cadeira de rodas, livro, garota nos ombros... Deus... – Era, não era? Era um dos gêmeos, com o maldito livro que começou toda aquela desgraça, e a maldita garota albina que parecia bem alimentada, um espirito iluminado pelas chamas do inferno isso sim.

- Matt e a garota, CHARLOTTE, pelo amor de Deus se cuida! – O sinal caia, e Sofia caia encostada num dos cantos da limusine. Estava sentada óbvio, mas o corpo desmontava de lado, levando o celular ao lado da cabeça, a testa encostada no vidro.

FICA SÓ AQUI AGORA
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Mensagem  Apoio Mestre Ter 28 Dez 2021, 12:20

A reação dele, quando você sai correndo, Charlie, só mostrava que, caso você adentrasse aquele círculo, sua vida estaria acabada...

Ou você seria trocada por ele ali, ou sofreria com ele por sabe lá quanto tempo, enquanto ouviria Oliver chorando no andar de cima, contando com a sorte que alguém o salvasse.

Sua reação, ou melhor, falta de reação, foi o melhor que você pode fazer, resistindo aquela tentativa pífia de manipulação.

As tábuas velhas rangem, conforme você sobe o mais rápido que pode.

Buracos no assoalho permitiam até que você enxergasse o andar inferior e diversas pegadas, nas camadas grossas de poeira, indicavam que tinha tido muito movimento ali.

Pés pequenos, femininos, outros grandes... Era difícil identificar, pois se perdiam com pisadas umas sobre as outras.

O choro te faz avançar mais rápido, até que você chega ao quarto principal da casa, ambiente que você nunca estava.

Oliver estava sobre uma cama de casal enorme, bem ao centro. A madeira da cama era maciça, bem antiga, com entalhes rústicos, no estilo colonial. Os grossos dosséis da cama ostentavam teias de aranha, grossas e antigas. A cabeceira, de cetim marfim, ostentava um tom amarelo, com pontos puídos em vários pontos. A cama estava feita, com um lençol de seda antigo, que também ostentava aquela grossa camada de poeira.

Oliver repousava bem ao centro da cama, usando só uma fralda. De sua mãozinha esquerda, você podia ver uma agulha presa ali, com cuidado até, preso por um micropore cor de pele. O equipo saía do corpo de Oliver, e estava fechado, sob a cama. Mas uma bolsa de sangue, pequena, jazia vazia ali... Ou seja, haviam retirado um pouco do sangue dele, mas tirando o frio, o pequeno parecia bem, Charlie.

E isso era um alívio sem tamanho, não é?

Mas infelizmente não era tudo.

Ao olhar para o teto do quarto, você via aquelas letras bonitas e bem feitas... Brilharem com sangue fresco, no teto.

"Aquele com tantos pecados só pode se redimir se beber do sangue inocente. O pai pecador, que se deitou e machucou inúmeras almas, há de trazer seu filho para o ritual. Terá todo cuidado ao tirar seu sangue, para que sua amada mãe possa encontrá-lo depois, para viver feliz comigo. Enquanto Louis Moreau beberá do sangue de seu filho virgem, ficando pronto para a última parte do ritual... Onde obedecerá Hunder e Furukawa, sem nunca questioná-los. A vinda de Samedi. A vinda de Hunder se aproximam."

Em outra parede, haviam também outros dizeres, Charlie.

"Depois de uma última e impura noite de amor, Wertheimer deixará Furukawa que ficará adormecido até a tarde do dia seguinte. Como uma cadela impura que é, ela encontrará a inocente Grimaldi e tomará de seu sangue, purificando seu corpo pútrido e pecador. Só então estará pronta para receber Madam Brigitti... E com Hunder, Barão Samedi, iniciar uma nova era de graça e felicidades."

E não parava por aí, Charlie.

"A sábia Neela, que chegou tão perto de impedir o renascimento, entrará no casarão de bom grado, entregará o grimório sagrado de sua família a um de nós e, voluntariamente, participará do ritual de transferência de conhecimento. Hunder será mais poderoso do que nunca, enquanto Neela não passará de uma boneca."

E haviam dizeres em várias paredes, controlando diversas pessoas, Charlie. Sejam seguranças da festa, enfermeiros do DU, e até mesmo conhecidos, como Timonthy, que não conseguiria enxergar Brigitte a sua frente, quando ela adentrasse o bosque.

Ao sair do quarto, e entrar em outro, você encontraria o corpo de Neela caído no chão, dentro de um circulo feito com velas de cera natural amarelada.

A cabeça dela não estava ali, tendo sido decapitada... Costurada no lugar, com fios de juta, estava a cabeça de uma boneca loira.

Porém, um livro jazia no chão.

Um livro antigo, com capa feita de couro marrom. Que você havia visto no bunker.

Era o grimório da família de Neela.

Coberto com sangue, muito sangue.

O sangue espalhava-se no chão, inundando-o, deixando a madeira muito escura.

Ainda com uma das mãos sobre o grimório, que estava caído, pois caiu aberto... Havia um homem.

Brian.

Suas roupas caras estavam empapadas de sangue, que havia escorrido de seus olhos, ouvidos, nariz, boca e até mesmo poros.

Ele havia sangrado até a morte, agarrado ao grimório.
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A Bela filha a Casa torna... Empty Re: A Bela filha a Casa torna...

Mensagem  Charlie Andess Ter 28 Dez 2021, 13:15

Será que é isto que vamos precisar nos tornar?
 
Pessoas alheias ao sofrimento? Perder nossa empatia é a chave para vencer ou ao menos conseguir lutar por sobrevivência?
 
De fato, eu estava focada em Oliver. Mas é exatamente a minha frieza que me confere o que preciso para continuar focada, mesmo vendo Matt sofrer daquele modo.
 
Não que eu ache que ele mereça.
 
Eu deveria achar.
 
Mas eu não sinto nada, por ele, ou pelo sofrimento dele, Não sinto raiva, nem pena, nem nada.
 
Eu apenas assisto, como quem ve um filme e encara um personagem sofrendo.
 
E assim que escuto o choro, eu corro na direção das escadas sem pensar duas vezes, tendo a real certeza que Matt estava me chamando para uma armadilha, assim como a Albina. Eu corro e vou pulando os degraus de dois em dois para ir mais rápido.
 
Reparo sim nos pegadas, mas nada me para, nada me detem.
 
Eu apenas paro ao chegar ao quarto.
 
Eu nunca havia estado naquele quarto, e eu petrifico ao ver Oliver ali, ao centro da cama, somente de fralda chorando. Eu olho a volta, toda aquela sujeita e poeira, e meu filho em meio aquilo. Me certificado que não é uma armadilha, ou que tirar o Oliver da cama não vá prejudica-lo, me aproximo e então tiro com cuidado a agulha e equipamento, e logo o abrigo ao colo, o abraçando com força, recostando a cabeça o lado da dele, e fechando os olhos. Respirando aliviada, ou voltando a respirar.
 
Não sei definir.
 
 
Eu logo o coloco novamente a cama, enquanto tiro minha blusa do uniforme do hospital verde, ficando apenas com a baby look branca lisa, e então o envolvo naquela blusa, com cuidado, o abrigando do frio. Enquanto passo a ver se o lençol a cama não iria partir com um puxão, se não eu envolvo meu corpo ao mesmo, fazendo uma espécie de sling, acomodando Oliver ali, lhe dando calma e abrigo.
 
Enquanto eu fecho os olhos e tento.
 
Voltar a pensar.
 
Abro os olhos com cuidado, e o encaro, se aninhando ali, enquanto ergo os olhos ao teto, e então passo a ler aquilo.
 
Sentindo exatamente o que sentia quando lia isto no passado, aquelas letras brilhando com sangue.
 
Não precisei de muito, já sabia que falavam de Louis, que devia beber o sangue de Oliver para se purificar e trazer o Barão. Ou Hunder...
 
Quem diabos é Hunder?
 
Furukawa? O sobrenome de Keisuke....
 
Eu suspiro fundo, e logo volto a outra parede.
 
Achando a outra parte da equação. Selina viria como a esposa do Barão, e beberia o sangue puro da Condessa.
 
Oliver e Condessa, virgens.
 
Mal conseguia ainda processar aquilo e vinha Neela. Eu lia então sobre o grimório da família dela. E como o conhecimento dela seria transferido para Louis, ou melhor Hunder.
 
E então passo a caminhar pelo quarto, vendo os diversos dizeres, e como controlaram tudo e todos usando Matt e o lviro, exatamente como ele havia relatado há instantes.
E então ficava claro que haviam também manipulado Tim, por isto ele não conseguiu encontrar Brigitte, ou melhor, achou não conseguir.
 
Suspiro fundo e saio do quarto, iria tentar o sinal do celular, mas eu logo vejo outro quarto, e ao entrar nele eu estanco.
 
Recuo um passo ao ver o corpo de Neela ao círculo, e havia uma cabeça de boneca ao corpo dela, eu suspiro fundo, e me chega a faltar o ar, era impossível ser indiferente a Neela.
 
Depois de tudo que passamos.
 
- Sinto muito...
 
Sussurro, enquanto as lagrimas escorrem pelo rosto.
 
E então vejo o livro. O grimório. Eles não haviam levado? Neela não havia entregado. Mas havia morrido?....
 
E então vejo o corpo de Brian agarrado ao Grimório.
 
E ligo os pontos. Neela não passaria de uma boneca, o conhecimento dela foi absorvido. Mas ao pegar o livro Brian certamente foi acometido por alguma armadilha que o mesmo tinha. Isto era nem a forma de Neela e sua família.
 
Eu então viro as costas aquilo e levo a mão ao rosto, encobrindo o mesmo.
 
Era tanta coisa.
 
Tanta coisa.
 
E tanta desgraça. Neela estava morta.
 
Eu tinha que pensar rápido, mas um desespero tomava conta do meu coração e corpo.
Com Oliver aninhado a meu peito, eu tentava lugar contra meu sentimento de desespero e ansiedade e colocar minha mente acima disto.
 
Não podia me dar ao luxo de sentir.
 
Levava a mão a boca, cobrindo a mesma, e gritava de modo abafado contra minha mão, encolhendo um pouco o corpo e retorcendo, enquanto as lagrimas tomavam meu olhos e escorriam pela minha mao.
 
- Meu Deus....
 
Digo, atordoada enquanto afasto a mão dos lábios e me volto a cena, encarando o grimório. Me agacho com cuidado e estendo a mão a ele com cuidando, e o arrastando para mim, deixando a mão de Brian cair do mesmo.
 
E eu não posso pensar neste momento que Brian era um traidor.
 
Que estava morto.
 
Neela...
 
Sarah.
 
Riley.
 
Aya.
 
Natasha.
 
Dylan
 
Suzie.
 
Madison.
 
Ethan.
 
Quantos mais, quantos mais?
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Mensagem  Apoio Mestre Ter 28 Dez 2021, 13:31

O grimório estava cheio de sangue nas bordas, mas as páginas pareciam intactas, Charlie.

Na contra capa você via alguns dizeres ali, escritos a caneta, com algumas runas e sinais.

"Quando eu cair morta, ninguém com más intenções poderá tocar este livro sagrado sem perder a vida.

Sangrará até a morte, sem poder usá-lo. "

Abaixo, com uma caligrafia ainda pior, feitas as pressas, havia um recado, feito a lapis, Charlie.

"Charlotte, Madison, Nate, Paige... Quem quer que encontre o livro, por favor, o devolva a minha família.
Se vocês estão lendo isso, eu estou morta e eles me encontraram."

Abaixo havia um pequeno saquinho ziplock, com um cartão microsd dentro dele, preso com um durex na página.
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Mensagem  Charlie Andess Ter 28 Dez 2021, 14:02

Encaro o livro e logo leio a inscrição, que me dá certeza que Brian era realmente um traidor e que a cena que minha mente projetou tinha total sentido.
 
Suspiro fundo enquanto apanho o livro com cuidado. E logo posso ver meu nome ali, apanho com cuidado o pequeno saquinho com o cartão dentro e aloco ele no bolso da minha calça, fechando o zíper com o devido cuidado.

Logo eu passo a revistar o corpo de Brian. Qualquer coisa que julgue útil. Caso ache o celular. Vou usar a face ou retina dele para desbloquear e logo vou trocar a senha. Para checar qualquer pista de cúmplices ou sinal de Louis. 
 
Suspiro fundo, agachada ainda ali, criando forças, e então me ergo. Volto os olhos a dentro do sling e vejo Oliver dormindo, enquanto sussurro.
 
- Agora vamos trazer o papai para casa.
 
Cerro os olhos na direção da porta, e então apanho meu celular e retorno ao quarto que estava antes. Tiro foto das inscrições e envio na linha seguro de Paige e Gleen, pedindo que ele partilhem ao grupo, mas também envio em voz o que está escrito.
 
- Estou na antiga mansão da floresta do quintal da minha casa. Onde tudo começou. Encontrei o irmão de Matt escravo do Livro e da Albina, ela de algum modo está se alimentando dele, ele está preso a ela em um círculo., Prometerem a ele, se livrar de Louis e de tudo se ele usasse o livro em favor deles e o trairam. Segue o que eu encontrei:
 
"Aquele com tantos pecados só pode se redimir se beber do sangue inocente. O pai pecador, que se deitou e machucou inúmeras almas, há de trazer seu filho para o ritual. Terá todo cuidado ao tirar seu sangue, para que sua amada mãe possa encontrá-lo depois, para viver feliz comigo. Enquanto Louis Moreau beberá do sangue de seu filho virgem, ficando pronto para a última parte do ritual... Onde obedecerá Hunder e Furukawa, sem nunca questioná-los. A vinda de Samedi. A vinda de Hunder se aproximam."
 
"Depois de uma última e impura noite de amor, Wertheimer deixará Furukawa que ficará adormecido até a tarde do dia seguinte. Como uma cadela impura que é, ela encontrará a inocente Grimaldi e tomará de seu sangue, purificando seu corpo pútrido e pecador. Só então estará pronta para receber Madam Brigitti... E com Hunder, Barão Samedi, iniciar uma nova era de graça e felicidades."
 
"A sábia Neela, que chegou tão perto de impedir o renascimento, entrará no casarão de bom grado, entregará o grimório sagrado de sua família a um de nós e, voluntariamente, participará do ritual de transferência de conhecimento. Hunder será mais poderoso do que nunca, enquanto Neela não passará de uma boneca."
 
- Neela está morta, acredito que o conhecimento eles levaram, o Grimório está comigo. Eu...sinto muito...Brian estava envolvido. Tentou pegar o grimório e morreu por algum feitiço de proteção. 
 
Pauso, porque é sempre difícil falar de Neela.
 
- Encontrei Oliver, mas levaram o sangue dele, para Louis...Precisamos encontrar Selina e proteger a Condessa, se eles conseguirem isto, acabamos.
 
Pauso enquanto caminho para fora do quarto.
 
- Paige, eu preciso que vocês fiquem com Oliver.
 
Não existe lugar mais seguro.
 
Suspiro fundo, novamente teria que entregar Oliver e contar com a sorte para que ele não ficasse órfão.
 
E então eu passo a descer as escadas, após esconder o livro no sling, vou passar pela sala sem mais olhar para Matt ou para a Albina.
 
Passo a passos rápidos.
 
Qualquer coisa que eu pudesse fazer contra ela, estaria naquele livro ou com Neela. E um eu havia perdido e o outro eu não entendia.
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Mensagem  Apoio Mestre Sex 31 Dez 2021, 00:28

Você encontra o celular, Charlie.

E o desbloqueia com o reconhecimento facial, conseguindo trocar a senha logo em seguida.

O celular estava bem limpo, definitivamente era um chip novo, provavelmente descartável.

Haviam mensagens, para dois números em específico.

Com codinomes.

Um deles ele chamava de "Quiet"

E o outro "Sorrow".

E um último, "Pain".

Mensagens combinando encontros.

Falando sobre o livro e o irmão de Matthew.

Assim como falando sobre Selina ter que ser encaminhada logo.

E que precisavam ter mais cuidado, agora que não tinham o livro.

Você acomoda Oliver como pode e, só de estar com você, o pequeno se acalma, conforme você passa a tirar fotos do lugar.

Você então mandava mensagens, assim como avisava o grupo como podia.

O seu celular oscilava, mas ainda assim dava conta do recado.

Por fim, você pedia ajuda de Paige e deixava o casarão com Oliver nos braços.

E era estranho, Charlie, pois conforme você avançava... Você sentia-se cada vez mais e mais leve.

Como se tivesse deixando para trás toda e qualquer ligação que você tinha com o livro.

A cada passada sua, as lápides tombavam.

O milharal murchava.

Até o espantalho despencava do poste que o sustentava.

Em poucos minutos, você estava de volta ao bosque que ficava em frente da sua casa... Com o sol amanhecendo.

E a mansão...? Era como se nunca tivesse existido.



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Mensagem  Charlie Andess Sáb 01 Jan 2022, 12:15

Em pouco tempo tenho o celular de Brian, com uma senha que eu mesma troco para manter o controle.
 
Analiso o celular, vendo que o mesmo está praticamente limpo, exceto por algumas trocas de mensagens.
 
Informações que já sabíamos, mas também uma informação precisa. Eles não sabem que Brian não pegou o livro e tão pouco que está morto.
 
Vantagem.
 
Logo eu mando todas as informações para o whats do grupo, para Sofia, Para Paige, Glenn e acrescento com um áudio.
 
- O celular de Brian tem algumas trocas de mensagens com codinomes, Quiet, Sorrow e Pain. Não sei qual seria o significa ou ligação deles, mas eu vou montar uma armadilha, enviando uma mensagem como se fosse o Brian e informo o que consegui. Precisamos parar Selina e proteger a Condessa, e descobrir onde Louis está.
 
Saiu então da mansão, sem olhar para trás, mantendo Oliver acomodado e protegido, enquanto acelero os passos, mas enquanto me preparava para a sensação horrível em passar pela lapides, sou surpreendida, por conforto.
 
Por leveza, liberdade, eu suspiro fundo, e giro o corpo, caminhando de costas, encarando o local, vendo a forma como as lapides tombavam, eu me virava e passava a caminhar em um milharam que ia murchando, conseguia ver o espantalho caindo, e quando me virava.
 
A mansão desaparecia.
 
Mas não somente porque eu atingia a área próxima a estrada, mas sim porque algo havia acontecido ali.
 
O que mantinha a mansão viva, era a Albina, o que mantinha a Albina viva era o livro.
 
E agora a mansão desaparecia, obviamente porque a Albina havia se alimentado da vida de Matt, e não estava mais presa ao livro.
 
Nem a mansão.
 
A liberdade que eu sentia, certamente era porque ela havia se libertado, o livro era inútil agora, e a prisão que eu tinha com ele.
 
Sumia.
 
E ao mesmo tempo que sentia alivio, sentia desespero.
 
Mas não havia tempo nem espaço para isto agora.
 
Eu entrava no carro, e deixava Oliver preso comigo ao sling, não tinha segurança de coloca-lo a cadeirinha, achava que podiam me tomar ele a qualquer segundo.
 
Eu só teria paz quando Paige o levasse, só confiava nela, Nate e Glenn, ´para mante-lo seguro.
 
Por isto combinava de entrega-lo a Paige na casa de Riley, a qual eu ainda tinha a chave, e entendia que a seita jamais nos procuraria lá.
 
Enquanto dirigir mandava mensagem para Sofia. E então mandava mensagem pelo celular de Brian.
 
“Estou com o livro. Preciso entrega-lo, quase fui descoberto”
 
- Preciso fazer algo, mas te encontro em breve. Vou tentar falar com Damien, tente a Condessa. Se a Selina alcançar ela, estamos perdidos.
 
Desligo e em seguida passo a tentar ligar para Damien. Naquele mesmo telefone.
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Mensagem  Charlie Andess Ter 04 Jan 2022, 16:23

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