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Mensagem  Keisuke Furukawa Qui 30 Dez 2021, 22:37

Quantas horas haviam se passado?

Na verdade, o tempo, celular, amigos ou o que quer que seja... Era tudo jogado para cima.

Que se dane o mundo!

Só importa o que está dentro desse quarto.

Meu peito ainda está coberto de parafina, e marcas de unha, mordidas, tapas e chupões.

Assim como meu pescoço.

Descreveria o resto do corpo, se ele não estivesse coberto pelo lençol.

Apesar das mãos soltar, o cinto do hobby ainda segue amarrado com firmeza em um dos punhos. Mantenho os braços ao redor de Selina, e meus pés seguem amarrados na cama, com um cinto e uma alça de bolsa, sei lá de onde ela tirou isso.

E é estranho como... Eu pego no sono de modo tão pesado, não que Selina não tivesse acabado comigo.

Até literalmente.

Mas... Eu durmo muito, muito profundamente.

Enquanto você, Selina, repentinamente se sente desperta.

Como se seu corpo recebesse uma descarga de adrenalina.

Você não sabe porque.

Mas você precisa ver a Condessa.

Urgente!

Tem que ser agora.

Você se levanta devagar, sem querer me acordar, e não sabe porque não quer me acordar.

Mas tudo o que você quer é sair do quarto e ir até onde a Condessa está.

Mais do que depressa, você se veste e tranca o seu quarto, o deixando rapidamente.

E quando você desce as escadas, há uma garota sentada no sofá, com uma taça de vinho na mão.

Os cabelos curtos estavam molhados, levemente bagunçados.

Ela usava uma blusinha azul, uma saia de couro, meia calça preta e pesadas botas.

Ao te ver ela abre um sorriso.

- Cara... Você geme tão gostoso que me deu até inveja...Fiquei com inveja dele... - Ela diz com um tom ironico, dando uma golada grande - Você demora tanto assim pra gozar, ou só é viciada mesmo? - Ela pergunta, arqueando a sobrancelha.

Era ela, Selina.

A garota de cabelo curto, do barco de Key.

E... Por que você se sentia bem perto dela?

Por que você sentia como se ela fosse sua melhor amiga?

E que a presença dela ali fizesse todo o sentido?

- Precisamos ir atrás da condessa... - Ela então resmunga, tomando todo conteúdo da taça e atirando a taça contra uma das paredes, a espatifando.

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Keisuke Furukawa
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Mensagem  Selina Wertheimer Sáb 01 Jan 2022, 11:44

De fato.
 
O meu celular foi uma das primeiras coisas que caiu e ficou pelo chão na noite passada.
 
Me desculpem, eu sei que estamos enfrentando algum tipo de crise maluca sobrenatural, e todo mundo está desesperado explodindo barcos e encobrindo provas.
 
Mas...eu estou vivendo, como disse eu não funciono como a maioria das pessoas.
 
Eu estou tão ansiosa por viver  e sentir as coisas, mesmo que por uma única noite, que eu mal paro para processar tudo que estamos vivendo, ou nas consequências de qualquer ato, eu sou completamente impulsiva.
 
Por isto jogamos todas as coisas que nos atrapalham pelo apartamento, desde celulares, roupas a qualquer censura ou amarra que pudéssemos ter.
 
Key havia me pedido para não faze-lo pensar, e eu não conheço ninguém que conseguiu pensar depois de ficar cinco minutos comigo.
 
Mas com Key foi sim especial, e eu não sei porque diabos é.
 
Talvez pela minha empatia que atropela todo meu juízo, vendo que ele passa por uma situação que nem ele mesmo acredita nele mesmo. Enquanto eu acredito cegamente, e lutaria contra o mundo em prol da inocência dele.
 
Talvez seja isto que torne tudo mais intenso, ou seja a noite no barco.
 
Não sei explicar, só sei sentir, lembra?
 
Por isto em meio a dor e prazer eu realmente atendi o pedido de Key, que por encanto também era meu desejo.
 
Nos misturamos, nos completamos e esquecemos tudo.
 
Como prometemos um ao outro.
 
E claro, as consequências vem no dia seguinte, não?
 
Enquanto todos lamentavam, investigavam, se escondiam ou iam atrás de salvar as pessoas e salvar a si mesmo.
 
Nós nos entregamos a desejos primitivos.
 
E bom, eu faria tudo de novo e de novo e cem vezes mais.
 
Dormimos daquele modo, sem nos preocupar em nos soltarmos ou qualquer pensamento mundano.
 
Mas de súbito eu desperto, meus olhos se abrem. E não é um despertar preguiçoso como todos os meus.
 
É como se alguém me desse uma porrada na cara, eu ergo o tronco e me sento na cama, meu corpo foge dos braços de Key em uma facilidade absurda, eu olho a volta, e não entendo porque mas a Condessa me toma todos os pensamentos.
 
Preciso ver ela e agora.
 
Sabe aquela impulsividade toda que tenho para as coisas?
 
Imagine isto tudo voltado para a condessa?
 
Me ergo da cama, deixando Key adormecido, tenho tanto a falar com ele, mas não agora.
 
Agora eu preciso me trocar e ir ver Angeline.
 
Logo coloco a primeira roupa que vejo no guarda roupa, uma shorts saia preto de fazer exercícios e um top da mesma cor, deixando a cintura a mostra, com o delicado piercing reluzindo ao umbigo.
Calço tenis sem nem me preocupar em por uma meia, e puxo os cabelos prendendo-os em um coque feito as pressas.
 
Não pego bolsa, ou celular.
 
Não preciso de nada.
 
Saiu e tranco o quarto com Key adormecido, e também não sei porque me preocupei em trancar o quarto, mas o faço.
 
E então desço as escadas em pulos quase para ser mais rápida e me deparo com a garota na sala.
 
A encaro confusa.
 
Mas de súbito uma sensação de conforto me toma, como se a conhecesse a muito tempo, ou como se tivesse muita sinergia com ela.
 
Como tive com Sofia.
 
Ela começa a falar. E eu arqueio a sobrancelha.
 
- Hm...sabe que os voyers tem uma expectativa de vida bem menor do que as pessoas que realmente transam não?
 
Dou de ombros, brincando com ela, como brincaria com minha melhor amiga.
 
E obvio que a reconheço da foto, mas não consigo associar nada que não seja uma sensação boa em estar com ela.
 
E ela logo diz que precisamos ir atrás da Condessa, eu consinto em positivo, assistindo ela jogar a taça na parede, suspiro fundo.
 
- Vamos logo, até para ter sentido eu trocar o Key por você, não?
 
Digo em deboche enquanto tomo a frente, já rumando para o elevador, mas descendo direto ao estacionamento para pegar meu carro.
 
De lá, dirigiria o mais rápido possível para a mansão da Condessa.
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Mensagem  Apoio Mestre Seg 03 Jan 2022, 18:53

Ela revira os olhos, quando você diz que voyers tem expectativa de vida baixa.

- Tenho um punhado de DST's que dizem o contrário. Mas fica tranquila, minha querida vagabundinha, que minha vida sexual anda muito bem, obrigada... - Ela respondia com um sorriso ironico, com aquele sotaque nova iorquino tão característico e forte, repleto de gíria e de palavras abreviadas.

Por fim ela se levanta com um leve salto gracioso, caminhando para o elevador, após jogar a taça de vinho contra a parede.

Trazendo consigo uma mochila, o qual ele apanhava no chão.

- Qual é, eu sou mil vezes melhor do que ele... Mas você não está preparada para isso. E eu só disse que você geme gostoso, nada de ficar metida... - Ela até ria quando falava.

De modo leve, Selina, como se realmente fosse sua amiga.

Em pouco tempo vocês estavam no elevador.

Para então ir para o carro, onde você saía dirigindo, enquanto ela, no banco do carona, sacava um cigarro de maconha, de uma cigarreira no bolso interno da jaqueta, e o acendia com um Zippo prateado.

Chegava a te oferecer, e o dividiria com você, caso você aceitasse.

O curioso era que ela aparava todas as cinzas do cigarro em uma das mãos.

Durante todo trajeto ela até que se mantinha quieta, fazendo um comentário ou outro, apenas.

Quando você finalmente estacionava, ela dizia - Só preciso preparar você... - Ela comentava, com um sorriso arteiro.

E sem hesitar, ela aproximava-se de você, Selina, erguendo seu topo com um gesto rápido, querendo expor seu corpo para ela - Não se empolga, hein? Temos trabalho a fazer e, quando a gente acabar, você vai voltar a ser 0km... E ganhar o cara que você sempre amou de brinde, mas com uma personalidade muito melhor... - Ela dizia de modo calmo, conforme virava as cinzas que ela havia amparado na mão entre seus seios, no local exato onde ficava seu coração, Selina.

Ao centro, um pouco deslocado para direita.

Por fim ela pegava uma caneta pilot preta na mochila e fazia alguns desenhos ali perto, ao redor dos seus seios.

Runas e sinais que você sequer entendia.

Mas que parecia muito normal e certo ela fazer aquilo.

Como uma grande amiga que penteia seus cabelos.

Ela então recua e ajeita seu top.

As runas eram cobertas por ele e, as cinzas, apareciam um pouco no decote.

Nada que fosse realmente chamativo, afinal eram apenas cinzas de cigarro.

- Prontinho... Você vai entrar lá e... - Ela se curvava e apanhava uma sacola de tecido.

Uma sacola com a marca da Condessa, caso você olhasse, encontraria um conjunto branco lá dentro.

Manchado de vinho.

- Vai dizer que veio trazer sua roupa. Mas não só isso, você vai estar desesperada... E vai pedir para falar com Damien e a Condessa, dizer que é um caso de vida ou morte. Seja convicente! Lembre-se do que está em jogo! E então, quando você estiver com eles, conte que Keisuke foi agressivo com você, te maltratou, que você não sabe se ele pode realmente ser o assassino ou não, que está com medo... Claro que é mentira, mas é só para fazer eles baixarem a guarda. Assim que conseguir uma brecha, morda a Condessa o mais forte que puder... Ao sentir o gosto de sangue dela, você não vai precisar fazer mais nada, sim? - Ela então lhe dava um rápido selinho - Boa sorte! - E então recuava e fechava o semblante, te dando seguidos e fortes tapas no rosto.

Demonstrando sua verdadeira personalidade, no mínimo.

Os anéis nos dedos dela machucavam seu rosto.

Doíam bastante, já que ela não se continha nem um pouco.

Na verdade, parecia descontar algo reprimido.

Quando sua boca começava a sangrar, e você mesmo sendo agredida, se via incapaz de reagir... Ela abria o sorriso - Para deixar a coisa mais convincente... E por você ter ficado com ele... Agora vai lá, putinha, brilha... - Ela então acenava.

Você estava pronta para sua missão, Selina.


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Mensagem  Selina Wertheimer Ter 04 Jan 2022, 13:11

Escuto a garota com um ar de deboche, deixando um riso preso nos lábios, e ela dizia que a vida sexual andava bem.
 
- Esta é a frase que todas as pessoas que transam usam...
 
Dou uma risada baixa e logo dou as costas caminhando para o elevador, e de lá para a garagem, a garota responde daquele modo e eu dou uma risada alta.
 
- Você fala demais, você sabe disto, não? Fala demais, faz pouco e acredite eu escuto isto todo dia, eu não estou me sentindo metida, estou me sentindo...
 
Dou de ombros.
 
- Normal. O de sempre, gostosa e satisfeita...
 
Pisco de leve, e então abro a porta do carro, entrando ao mesmo, coloco o cinto e de la rumo até a casa da Condessa.
 
Porque?
 
Não sei.
 
Só vou.
 
Dispenso a maconha, mesmo porque não faz muito minha cabeça, se fosse tequila...
 
Estacionamos então e então escuto ela falar algo de preparar...
 
Me viro para ela confusa, mas logo ela apanha meu top e o ergue, expondo meus seios, eu não me sinto ameaçada, ou sinto como uma atitude hostil, tudo parece natural, tudo parece carinhoso até.
 
Por isto eu apenas fico assistindo, você jogar as cinzas, dando uma risada com a sua brincadeira, e então você passa a rabiscar algo contra meu seios.
 
E começa a falar daquele modo, sobre o cara que eu sempre amei.
 
- Eu não amo ninguém, garota...
 
Respondo, te encarando nos olhos.
 
- Não sei do que diabos você fala, mas tudo bem, você sabe que pode contar comigo para fazer sei lá que porra...com cigarro e canetinha...
 
Logo ela recua, ajeita o top a meu corpo, e então diz que estou pronta, e começa a me passar instruções, que eu escuto com atenção, apanho a sacola, vendo a marca da Condessa ali, até sei que era de uma lingerie, porque também recebi uma na festa, que larguei lá na minha casa.
 
E então ela começa a passar as instruções, eu chego a fazer uma careta quando ela falar sobre Key ser agressivo, mas não consigo refutar, penso que é uma brincadeira, penso que não é sério, então só sacudo a cabeça em positivo.
 
- Ok, você soa cada vez mais doida, mas eu adoro...
 
Dou uma risada com a brincadeira, mas paro de rir ao receber o primeiro tapa.
 
Eu recuo um pouco o rosto, mas não muito, apenas a olho um pouco confusa, não é nem assustada, porque eu não consigo achar aquilo agressivo, não consigo associar que ela está me agredindo ou algo do tipo.
 
Levo outro tapa, e minha cabeça chega a abaixar, mas eu logo a ergo. Para levar outro tapa, que chega a jogar meu rosto de um lado a outro, enquanto os hematomas vão ficando presentes, eu não ergo os braços, não me defendo, eu apenas ergo o rosto para levar outro e outro tapa.

porque...não sei.

doi, arde, lateja, e doi por dentro também, é humilhante e nem isto sou capaz de sentir.
 
- Mas...
 
Nem consigo falar, porque nem teria o que falar, eu estou completamente confusa e incapaz de erguer um dedo contra ela, ou para me defender, por isto meu rosto apenas recebe a surra de tapas, ficando completamente marcado, até que consigo sentir o gosto ferreo do sangue em meus dentes.
 
Quando a encaro, mal consigo ouvir o que ela fala, meus olhos chegam a lacrimejar, meu rosto inteiro dói, e eu sinto algo reprimido, sinto como se tivesse algo dentro de mim querendo explodir.
 
Mas não conseguia falar nada, somente apanhar a sacola e descer do carro. Caminho a passos rápidos na direção da mansão, e logo eu falo com o segurança a entrada, e as lagrimas caem, não somente por encenação.
 
Eu reprimi tudo mas as lagrimas fluem com facilidade e agora usando elas para encenar, fica mais fácil.
 
- Pelo amor de Deus, eu preciso falar com a Condessa e o Damien, eu vim devolver a lingerie dela...
 
Mostro a sacola, com a mão tremula, o lábio inchado e tomado de sangue toma ainda mais destaque.
 
- Eu preciso falar com o Damien, é um caso de vida ou morte, por favor, por favor...avisa ele...Pede pra ele pelo amor de Deus falar comigo, eu preciso muito.
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